segunda-feira, 29 de setembro de 2014

CIÇÃO E JOANA PIRES: UM NOVO JEITO DE FAZER POLITICA.

image Cição do Vale, mais conhecido por Cição Bandido, um pequeno produtor rural caicoense, tornou-se conhecido nacionalmente quando, numa atitude corajosa, levou para a sede da CONAB de Caicó algumas carcaças de gado que morrera de fome e sede, para chamar a atenção das “autoridades competentes”. Foi algemado e jogado na mala de um camburão da polícia, de forma arbitrária. Ele reivindicava o milho que não chegava para saciar a fome e salvar a vida dos animais que ainda resistiam à seca. Naquele momento, nenhum dos parlamentares do RN, principalmente os que se denominam defensores do Seridó, prestou-lhe solidariedade pela prisão injusta ou, também, ao justo protesto. Pois bem, o fato de ter sido tolhido em seu direito de protestar, sobretudo pelo mérito da questão (salvar vidas!), aliado ao descaso dos nossos representantes políticos, rendeu a Cição o reconhecimento e o amparo popular, bem como, a ascendência fenomenal de sua popularidade e de sua candidatura a Deputado Federal (PHS).

Joana Pires é uma Médica Veterinária acariense, filha de agricultores, que cresceu vivenciando o sofrimento dos pais e de outros sertanejos, diante das adversidades do semiárido, sobretudo, pela falta de políticas públicas para a convivência com a seca. Ela obteve notoriedade nacional quando (03/2013), com ousadia e determinação, ultrapassou o bloqueio da segurança da Presidente Dilma e entregou, em mãos, uma carta cobrando soluções para as dívidas rurais dos nordestinos e medidas para que, com dignidade, seja possível viver bem no campo. Com igual determinação que a impulsionou a entregar aquela carta, ela reuniu pessoas de interesses comuns e coordenou o Movimento da Seca do RN, em Acari, sob o slogan: JÁ PERDEMOS NOSSAS LAVOURAS E NOSSO REBANHO... A VIDA QUE NOS RESTA NÃO PODE ESPERAR PELA MORTE! Essa temática tornou-se, irreversivelmente, uma árdua missão para ela, à qual tem se dedicado com “unhas e dentes”. E para dar visibilidade, buscar dignidade e ser porta-voz do homem do campo, decidiu disputar uma vaga de Deputada Estadual (PC do B).

A aspiração de transformar (para melhor!) o cenário funesto no qual se encontra o produtor rural do RN e a população da região semiárida, mormente, pelos efeitos da pior seca de todos os tempos, fez com que Cição e Joana Pires tivessem a oportunidade de se encontrar, realizar parceria para fortalecer a luta por aqueles que têm a sublime missão de produzir o alimento que chega às nossas mesas. Cobrar o empenho dos governantes para realização das medidas estruturantes que possibilitem a convivência (dos homens e dos animais) com a seca tem sido uma das principais bandeiras dessa luta, por isso, realizaram vários protestos, audiências públicas e participaram de reuniões com instituições.

Além dos mesmos ideais de batalha, Cição e Joana Pires também tem outro fator em comum: não dispõem da megaestrutura peculiar das candidaturas oligárquicas tradicionais. A campanha eleitoral tem sido realizada de “pé no chão”, sem “cabos eleitorais”, no corpo a corpo, no diálogo e, principalmente, na atenção às invocações populares. Esse diferencial é a justificativa para o progressivo crescimento das suas candidaturas.

por Diógenes Silva

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