Para atender à demanda gerada pela expansão da educação profissional e tecnológica, o Ministério da Educação desenvolve cursos de formação no exterior para professores e gestores dos institutos federais de educação, ciência e tecnologia e centros federais de educação tecnológica. Dois grupos na Finlândia e um no Canadá já fizeram a capacitação, que tem previsão de outras três edições.
Os cursos têm duração de três meses, em média, em instituições similares aos institutos federais brasileiros. Ou seja, de ciências aplicadas. A oferta é feita por meio de chamadas, e os participantes têm de comprovar vínculo formal permanente com a instituição (servidor concursado) e apresentar projeto de desenvolvimento local, um plano de ação.
“O professor vai para a instituição no exterior e, na volta, à luz do que viu no modelo internacional, com ajustes e implementações, aplica seu projeto no Brasil, no instituto em que trabalha”, diz Luciano de Oliveira Toledo, coordenador do núcleo Estruturante de Política de Inovação da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec) do MEC.
Além das chamadas para Finlândia e Canadá, a Setec negocia a ida de mais grupos à Finlândia (60 pessoas), Canadá (80 pessoas) e Alemanha (40 pessoas). Também está em estudo a oferta de cursos na Holanda, Reino Unido e Austrália.
A rede de instituições federais de educação profissional e tecnológica conta hoje com 30 institutos, dois centros de educação tecnológica e o Colégio Pedro II. De 140, em 2004, passou-se para 562 unidades, distribuídas por todo o país. Em dez anos, foram contratados mais de 20 mil profissionais. “A expansão traz oportunidades, mas também desafios”, avalia Toledo. “A necessidade de capacitação é cada vez maior.”
Assessoria de Comunicação Social