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Rosalba Ciarlini é autora da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que está na Subsecretaria de Coordenação Legislativa do Senado aguardando inclusão na Ordem do Dia para votação em plenário, desde novembro de 2008. O aumento para seis meses da licença já foi aprovado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, com parecer favorável da relatora, senadora Serys Slhessarenko (PT-MT).
“Por enquanto esse direito é restrito às trabalhadoras que estiverem nas empresas que aderirem a Instrução Normativa, conforme prevê o projeto, transformado em lei (lei 11.770/08), da senadora Patrícia Saboya, que possibilita os dois meses adicionais de licença-maternidade. “Essa já foi uma conquista importante e me anima a lutar pela PEC de minha autoria para ampliar esse direito que é de fundamental importância para a mulher brasileira”, disse Rosalba Ciarlini.
Com relação ao projeto de Patrícia Saboya, Rosalba votou a favor e desde o início tem lutado pelo seu cumprimento. Para ela, com a lei da senadora Patrícia de Saboya em vigor, a sua Proposta de Emenda à Constituição ganha força por ter como diferença a ampliação do benefício para todas as mulheres trabalhadoras.
DIVULGAÇÃO - A senadora Patrícia Saboya (PDT-CE) vai pedir ao governo que realize uma campanha, pelo rádio e pela televisão, para informar às trabalhadoras que desde o dia 25 de janeiro elas podem reivindicar dois meses adicionais de licença-maternidade, além dos quatro a que já têm direito.
A Receita Federal publicou Instrução Normativa detalhando como as empresas devem agir para que o benefício seja concedido. Para que as trabalhadoras tenham acesso aos seis meses completos de licença-maternidade a empresa deve aderir, pela internet, ao programa "Empresa Cidadã", da Receita Federal. O valor gasto pela companhia neste pagamento adicional poderá ser descontado do imposto de renda devido. A adesão da empresa não é obrigatória. Os primeiros quatro meses de licença-maternidade são pagos pelo empregador, que é reembolsado pela Previdência Social.
Só terão direito ao benefício trabalhadoras de empresas que fazem opção pela declaração de imposto de renda pelo lucro real, o que exclui empresas que pagam pelo chamado lucro presumido ou optantes do Simples Federal. Cerca de 150 mil empresas declaram pelo lucro real, o que abrange quase metade dos trabalhadores da iniciativa privada. No geral, os governos e as prefeituras adotaram a licença de seis meses para suas servidoras. Detalhe: o projeto que saiu do Congresso previa o benefício para trabalhadoras de qualquer empresa, mas o presidente da República vetou sua concessão às firmas que pagam IR pelo lucro presumido.
O projeto da senadora Patrícia Saboya (PLS 281/05) foi aprovado pelo Senado em outubro de 2007, sendo enviado ao exame dos deputados, onde foi votado em setembro de 2008. O presidente da República sancionou a proposta uma semana depois, mas sua regulamentação, por decreto presidencial, demorou cerca de 15 meses para sair, o que ocorreu no dia 23 de dezembro último (decreto 7.053/09). A senadora atribui o atraso à Receita Federal, que "obviamente não quer perder arrecadação, especialmente em um ano de dificuldades financeiras, como foi 2009".
A lei e sua regulamentação também garantem licença remunerada de 60 dias à trabalhadora que adotar ou obtiver a guarda judicial para fins de adoção de criança, desde que ela tenha até um ano de idade. Se for criança de um a quatro anos, a licença será de 30 dias, período que é reduzido para 15 dias quando se tratar de criança entre quatro anos e oito anos de idade. Assessoria.