Cerca de 150 atores encenaram “A batalha de São Miguel” no encerramento da festa do padroeiro.
Na noite desta terça-feira, 29, após a Missa Solene presidida porDom Matias Patrício de Macêdo, a Prefeitura de Extremoz e a Paróquia de São Miguel encerraram a festa do padroeiro, São Miguel Arcanjo, apresentando o espetáculo teatral “Auto de São Miguel ou a Batalha de São Miguel”, em palco montado nas ruínas da mais antiga Igreja Jesuíta do Rio Grande do Norte, no Centro Antigo da cidade, para cerca de dois mil espectadores.
Antes do espetáculo ocorreram apresentações de músicas populares pela Banda Municipal, seguido da recepção do prefeito Klauss Rêgo, que agradeceu a presença de todos no sétimo ano de apresentação do espetáculo. “Aqui contamos a História de Extremoz, a primeira vila do RN”, disse o prefeito. “Extremoz não tem apenas belezas naturais, como nossas praias, por exemplo, temos cultura e História, além de sermos um município 100% turístico”, completou o prefeito.
Dirigido pelo dramaturgo Ricardo Veriano Fernandes, o espetáculo reúne cerca de 150 atores, a maioria, habitantes do município, contou com vários momentos emocionantes, começando com um cortejo ditirâmbico. Seguiram-se então vários atos do espetáculo, como ‘As Beatas Mufumbas da Igreja’, ‘Século XVI; Roma envia soldados de Cristo para Aldeia de Guajiru’, ‘Ode a Lagoa – Balé das Águas’, ‘Cego Dedé de Araçá conta a História do Guajiru’, ‘Catequização – Dança e Hábitos’, ‘Negros escravos no Guajiru’, ‘Português degredado’, ‘Expulsão dos Jesuítas, soldados de Cristo’, ‘Lenda do Carro de Boi ou Sino desaparecido’, ‘Coro dos sete Anjos Cavaleiros de São Miguel’, ‘A batalha que submeteu a cobra da lagoa (Lúcifer) ao julgo de São Miguel’, ‘A Sagrada Família convida para a festa da vitória’, ‘O Céu acampado em Extremoz’ e ‘Apoteose com show pirotécnico’. “Tivemos uma ideia, fizemos um texto, desconstruímos a cartesiana pesquisa linear, comungamos com a licença poética. Uma luz acendeu – fotossíntese cultural -, inspiração, concepção indo ao encontro do que pulsava vivo, mas em casulo imerso quase amorfo”, ressaltou o diretor da peça, Ricardo Veriano.
Shows
Depois do espetáculo, que reuniu o maior público desde o seu início e já está inserido no calendário cultural do RN, houve shows de Messias Paraguay e Silveirinha Show, a partir das 22h, no largo da Igreja de São Miguel, para os extremozenses, convidados e turistas, com muito forró e música popular brasileira. (LS).