Natal, 11 de Julho de 2014 – A Prefeitura do Natal, através das Secretaria de Meio Ambiente e Urbanismo (SEMURB), Secretaria de Serviços Urbanos (SEMSUR) Secretaria de Defesa Social e Guarda Municipal, realizou a apreensão de 151 animais silvestres na manhã desta sexta-feira, 11, no bairro do Parque dos Coqueiros. A fiscalização foi feita após denúncia recebida pela Delegacia Especializada de Proteção ao Meio Ambiente, DEPREMA.
Diante das informações, as equipes dos órgãos municipais se dirigiram a Feira Livre, logo nas primeiras horas da manhã e apreendeu 150 aves silvestres e um cágado. "No momento da abordagem, houve um corre-corre entre os feirantes, mas não impediu a identificação de um dos traficantes. Geralmente os traficantes de animais misturaram-se aos outros vendedores e infiltram-se entre as barracas, a fim de ludibriar a fiscalização. Entretanto, desta vez conseguimos dar a voz de prisão", declarou Gustavo Szilagyi, supervisor de Fiscalização e Controle Ambiental da Semurb.
Durante o atendimento à ocorrência, chamou a atenção dos agentes da fiscalização o grande número de espécies dificilmente encontradas em feiras, a exemplo dos curiós, pintassilgo, azulão, sibito, sabiá, bem-te-vi, galo-de-campina e canário-da-terra, que é uma espécie quase extinção.
Já o chefe do setor de remoção e apreensão de animais da Semsur, Antônio Carlos Falcão, reforça que é preciso aumentar a fiscalização para evitar que este tipo de infração continue sendo cometida. “Esse trabalho é extremamente positivo para coibir atos ilegais por parte dos traficantes na capital. Os esforços devem ser redobrados daqui em diante, com fiscalizações constantes nas feiras livres. Acredito que só dessa maneira conseguiremos amenizar os índices de maus tratos aos animais e ainda prática do crime da comercialização”, ressalta o servidor.
Embora, os traficantes não se inibam de vender os animais, a comercialização de aves silvestre é considerada um crime federal previsto na Lei 9.605/98. Geralmente no mercado negro as aves são as espécies mais encontradas. "As aves são os maiores alvos desta prática, isso se deve ao valor atribuído aos animais. Para ter ideia uma ave pode custa de R$ 100 até R$ 1.500”, concluiu o coordenador da operação Gustavo Szilagyi. Denúncias podem ser feitas diretamente na DEPREMA, localizada na Avenida Engenheiro Roberto Freire, 8790, ou através do contato 3232-7404.