sexta-feira, 11 de julho de 2014

Cerca de 700 torcedores recebem a seleção brasileira em Brasília

Seleção Brasileira recebe incentivo na chegada do ônibus no Brasília Palace Hotel (Valter Campanato/Agência Brasil)
Nem parece que o Brasil perdeu de 7 x 1 para a Alemanha. A tarde de hoje (11), em frente ao Brasília Palace Hotel, foi de festa em verde e amarelo. Cerca de 700 torcedores, de acordo a Polícia Militar, aguardaram a chegada do ônibus da seleção brasileira, que enfrenta a Holanda amanhã (12), na disputa de terceiro lugar da Copa do Mundo.
Ao contrário do que acontece quando um grande clube que é goleado, os torcedores não foram cobrar um melhor resultado na partida contra os holandeses, pedir mais raça ou hostilizar os craques. Na recepção, o apoio foi incondicional, ao som de uma bandinha, que tocava marchinhas de carnaval uma atrás da outra.


Muitas famílias, com crianças e adolescentes devidamente trajados com a camisa do time de Felipão, aguardavam ansiosamente a chegada do ônibus da seleção. Maíra Plácido, 18, foi uma delas. A estudante quis dar seu apoio ao time. “Depois de uma derrota dessa temos que dar apoio ao time, para ele se reerguer”, disse a estudante. Ela acredita, no entanto, que a goleada histórica sofrida para a Alemanha indica que mudanças no futebol brasileiro são necessárias.
“Precisamos de uma reformulação. O jogo entre Barcelona e Santos já havia mostrado essa diferença entre os times daqui e os de fora”, disse ela, referindo-se a um amistoso realizado entre as duas equipes no ano passado, que terminou com um placar de 8 a 0 para o time espanhol.
O vigilante Cristiano Neves, 30, também concorda que o futebol brasileiro perdeu sua hegemonia no cenário mundial. “Essa Copa mostrou que o Brasil ficou para trás. Precisamos parar de exportar nossos craques e evoluir a forma de pensar o futebol”. Apesar das críticas, ele não deixou de apoiar o time Canarinho, e vestiu a camisa amarela por cima da do clube de coração, o Vasco da Gama. “Não é uma derrota que vai fazer a gente parar de torcer, de sonhar”.
A chegada do ônibus da seleção, por volta das 18h, provocou histeria entre o grupo. Integrantes da comissão técnica,  entre eles Parreira e o presidente da Confederação Brasileira de Futebol, José Maria Marin, acenaram para o povo. O volante Luiz Gustavo também acenou, mas discretamente. O atacante Bernard, substituto de Neymar na derrota para os alemães, deixou escapar um leve sorriso de surpresa pela recepção calorosa. Pregada do lado de fora do ônibus, a frase “Preparem-se! O hexa está chegando!” torturava os mais críticos. Marcelo Brandão – Repórter da Agência Brasil

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