A sessão fez parte da programação da V Semana de Valorização da Pessoa com Deficiência, realizada pelo Senado. Rosalba considerou uma honra a oportunidade de ocupar a tribuna em ocasião tão especial e significativa. A senadora relembrou o francês Louis Braille, destacando que, ao adaptar um alfabeto criado pelos militares e baseado no tato, Braille proporcionou aos deficientes visuais acesso ao conhecimento. “Louis Braille abriu às pessoas cegas um novo mundo, revolucionando a relação delas com a escrita e leitura”, disse Rosalba.
A parlamentar ressaltou que sempre acompanhou de perto as questões relativas à acessibilidade e, embora acredite que o país ainda está distante de uma sociedade ideal, livre de preconceitos, acredita também que há avanços para que as pessoas com deficiência tenham mais dignidade e respeito.
“Durante os doze anos em que estive à frente da Prefeitura de Mossoró, o foco da minha administração sempre foi a área social. Evidentemente, não deixamos de lado a valorização da pessoa com deficiência”, disse a senadora, lembrando que, entre outras medidas, durante a sua administração foi criada a primeira Escola para Cegos do município, que atende também aos municípios vizinhos. Essa escola atende de forma itinerante e conta também com um laboratório de informática. Os professores acompanham os alunos com deficiência visual nas escolas desde o ensino fundamental até a universidade.
Rosalba reforçou que no Senado continua acompanhando os temas relacionados à inclusão social. “É com base em anos de contato direto com a luta pelos direitos de acessibilidade, seja enquanto médica, Prefeita ou Senadora, que reafirmo minha admiração e meu apoio a quaisquer iniciativas que promovam a valorização e a inserção social das pessoas com deficiência.”, afirmou a senadora.
Turma da Mônica engajada na inclusão social
O cartunista Maurício de Souza também fez discurso na sessão em homenagem a Louis Braille. Ele veio ao Senado acompanhado de personagens dos gibis de sua autoria, Mônica, Cebolinha Cascão e Magali. Dorinha, personagem cega − em homenagem a Dorina Nowill, criadora de uma fundação que há 63 anos publica livros em braile − e o cadeirante Lucas, que teve origem em conversas do cartunista com atletas paraolímpicos, também estiveram presentes na sessão.Bastante emocionado, Maurício de Souza reforçou que não pode haver nenhum tipo de preconceito nas historinhas, principalmente por terem como público-alvo as crianças. “Tive que estudar com minha equipe muito bem para saber como escrever os personagens totalmente integrados com a turma da Mônica”, afirmou. O cartunista disse, ainda, que trabalha na criação de um personagem com síndrome de Down.
