Na ocasião, os jornalistas, espectadores e internautas puderam interagir com a senadora democrata. Entre os diversos assuntos abordados, Rosalba falou sobre o seu mandato como parlamentar e sua pré-candidatura a governadora em 2010. “Estou aqui já como pré-candidata”, assumiu Rosalba ao início da entrevista, mas reforçando a ideia de que sua candidatura parte especialmente do apelo popular que tem recebido em todos os municípios que está visitando.
Apesar de ainda não ter sido anunciado oficialmente pelo partido, o que só deve acontecer na convenção partidária dentro do calendário eleitoral, o nome de Rosalba já é concebido como um dos que concorrerão ao pleito de 2010. Para ela, a candidatura surgiu naturalmente após sua atuação no Senado e ao percorrer o Estado. “Desde que me elegi senadora passei a andar pelo Rio Grande do Norte agradecendo os votos que recebi, atendendo os convites. Percorrendo o Estado estou ouvindo as pessoas, e trabalhando em sintonia com a população”, disse a senadora que ainda salientou: “Uma candidatura nasce no tempo certo. A minha surgiu do povo e será gestada no momento oportuno”.
Com relação à candidatura do deputado Robinson Faria (PMN) ao cargo de vice-governador, como atualmente tem sido especulado pela imprensa, a senadora admitiu que ainda não há postura definida, mas ressaltou que trabalha neste sentido e que ficaria muito feliz em ter o apoio do presidente da Assembléia. Ao ser questionada sobre a oficialização do convite, a democrata garantiu que o vice será escolhido a partir da aliança com PMN, PR, PV, PSDB e demais partidos que se juntarão a essa aliança. “Vou bater a porta de todos em busca dessa aliança vitoriosa para o Estado”, disse.
O fato de ser oposição ao presidente Lula e disso prejudicar sua possível eleição em 2010, também foi perguntado a senadora. Rosalba elogiou algumas ações do governo federal como o projeto de Transposição do Rio São Francisco, os projetos sociais e lembrou que na eleição de 2006 ela saiu vencedora e, nas eleições de 2008, Micarla, em Natal e Fafá, em Mossoró, venceram as eleições. Essas foram cidades que o presidente foi pessoalmente fazer campanha. A parlamentar disse que confia no trabalho que desenvolve no senado e que já desenvolveu a frente da prefeitura de Mossoró. “Eu não tenho medo disso porque a população sabe diferenciar o trabalho da política”, disse.
Sobre os escândalos envolvendo membros do seu partido no Distrito Federal, a senadora se disse segura de que os fatos não mancharão sua reputação política, já que o Democratas foi incisivo nas resoluções contra os incidentes, inclusive ao solicitar a expulsão do único governador do partido, principal acusado no escândalo.
Entre os assuntos mais debatidos, a polêmica da partilha do ICMS foi um dos destaques. No posicionamento de Rosalba, o Governo do Estado deve assumir a responsabilidade e participar diretamente no processo. A senadora declarou que “a crise é de todos”, não só dos municípios menores e que cabe ao Estado socorrer os municípios. Questionada se, por ter sido prefeita de Mossoró, estaria do lado dos municípios maiores, declarou: “Eu estou com a proposta de que o Governo deve decidir a questão. Nós, senadores, não vamos votar essa matéria. Quem vai votar é a Assembléia e quem vai vetar ou não é o Governo do Estado”, comentou.
Foi pedido para Rosalba dar uma nota de zero a dez da atual administração da prefeita Fafá Rosado. “A maior nota quem deu foi o eleitorado de Mossoró reelegendo Fafá prefeita, por mais quatro anos. Isso é um dez”. Acrescentou que a crise mundial afetou o país e Mossoró por ser produtor de petróleo sofre ainda mais do que outros municípios não produtores. “Além da queda veio coice. A cidade perdeu recursos federais devido à crise e teve queda na arrecadação dos royaltes”.
Rosalba Ciarlini ainda teve oportunidade de elencar o trabalho que desenvolve no Senado da República. “Relatei mais de 120 projetos, tenho mais de 40 projetos apresentados e 3 PEC (Proposta de Emenda Constitucional)”, disse acrescentando que é autora do projeto que cria a ZPE do Sertão, em Assú, destacando que no Brasil somente duas ZPEs, foram autorizadas, até o momento, pelo Conselho das ZPEs, a de Assú e a de Suape. Ela disse ainda que trabalhou para que o RN não perdesse a oportunidade de figurar na primeira etapa da Transposição do Rio São Francisco, lutou pela implantação de Institutos Técnicos Federais e conseguiu diversas emendas para obras em diversos municípios do Estado.
Interrogada sobre propostas para campanha, a senadora democrata avaliou que no momento pensa como senadora e que o plano de governo será feito e apresentado no período devido, ressaltando que a população deverá ser ouvida antes de algum programa ser apresentado. Entretanto, adiantou que a segurança, a saúde e a educação devem ser prioridades em qualquer governo estadual.
