Participaram da olimpíada 19,2 milhões de estudantes de todo o Brasil. O resultado do IFRN foi recebido com alegria por todos os servidores da instituição. O reitor Belchior de Oliveira Rocha disse estar orgulhoso dos alunos. “É muito gratificante para a gente ver o desenvolvimento desses jovens e o potencial que eles têm de um futuro brilhante”, disse ele. O professor de matemática Antônio Roberto da Silva, responsável pela preparação dos alunos do Campus Natal-Central também comemorou o resultado. “Isto significa que nossos alunos estão entre os 400 melhores estudantes de escolas públicas do País”, disse.
A entrega das medalhas de ouro será feita pelo presidente da República, em março do ano que vem. As demais premiações serão entregues numa solenidade na Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Os três mil medalhistas do País também serão convidados a participar do programa de iniciação científica da olimpíada, com direito a bolsa de iniciação científica júnior do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). O material didático será fornecido pelo Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Impa). Além dos livros, os alunos receberão treinamento e alimentação, tudo pago pelo Governo Federal, além de uma bolsa simbólica mensal no valor de R$ 100.
Exemplos de perseverança
O professor Antônio Roberto conta que se sente impressionado com o desempenho dos estudantes do IFRN. “Todas as sextas-feiras, das 13h30 às 15h, a gente se reúne com eles para discutirmos assuntos polêmicos, tirar dúvidas e aprender mais o conteúdo de matemática. Nessas ocasiões, eu percebo alguns exemplos de perseverança. Apenas para citar alguns, Rafael Alves Pinheiro, por exemplo, sempre faz colocações inteligentes, tem raciocínio lógico e boa dedução, ou seja, é um estudante com pensamento muito bem concatenado”.
Outro aluno citado pelo professor é Álvaro Tavares, tricampeão nesta olimpíada. Filho de um pedreiro e de uma professora, o adolescente sempre estudou em escola pública, assim como a irmã Ângela, que está no oitavo ano e também conquistou uma medalha de ouro na competição. "O que mais arrepia a gente é descobrir a origem humilde destes jovens com futuro brilhante. É por este e por outros motivos que, em sala de aula, com nossos alunos, muitas vezes me sinto um estudante, só que mais experiente. Aprendo muito com eles, que são brilhantes”, conclui o professor.
fonte:IFRN