terça-feira, 20 de maio de 2014

Investigados da Lava Jato continuam presos até ministro analisar processos

O ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), informou hoje (20) que vai decidir sobre a libertação dos investigados na Operação Lava Jato, da Polícia Federal, após receber os processos que estão na 13ª Vara da Justiça Federal, em Curitiba.

Em ofício enviado ao juiz Sergio Fernando Moro, o ministro reviu decisão dele e determinou que os investigados continuem presos até que ele analise todo o material da investigação. Zavascki também decidiu que os processos sejam suspensos e remetidos ao Supremo pela presença de parlamentares citados nas ações, como o deputado federal André Vargas (sem partido-PR) e Luiz Argôlo (SDD-BA).

Com a decisão do ministro, vão continuar presos dez acusados que respondem a quatro ações penais, entre eles o doleiro Alberto Yousseff. Zavascki também disse vai aguardar parecer do Ministério Público Federal (MPF). “Eu não tenho condição de dizer quem vai ficar preso e quem é que não ficará preso, enquanto eu não receber todo o material. Sem conhecer não quero tomar decisões precipitadas”, disse o ministro.
Somente o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, suspeito de participar do mesmo esquema - e que foi solto na segunda-feira (19), está autorizado a permanecer em liberdade. A decisão do ministro foi comunicada à Justiça Federal no Paraná em despacho expedido como resposta à advertência do juiz federal Sérgio Moro da possibilidade de fuga para o exterior dos presos, caso fossem soltos.

Segunda-feira (19), além de determinar a soltura dos 12 presos na Operação Lava Jato, da Polícia Federal, e que eles entregassem os passaportes em 24 horas ao STF, Zavascki suspendeu oito ações penais abertas pelo juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, para investigar as denúncias apuradas na operação.

André Richter - Repórter da Agência Brasil

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