Transformar informações de interesse público em projetos e serviços visando à melhoria da educação. Esse é o propósito do Hackathon Dados da Educação Básica, uma espécie de maratona de hackers, programadores, designers e inventores em geral para promover o desenvolvimento de projetos que objetivem a transparência de informações públicas por meio de tecnologias digitais. A segunda edição do evento foi realizada no último final de semana, 16 a 18, em Brasília/DF, e selecionou 40 ideias de 11 estados brasileiros, entre elas, o projeto do aluno do curso Técnico Integrado em Informática doCampus São Gonçalo do Amarante do IFRN, Júlio Virgínio, único representante do Estado.
Neste ano, a Hackathon estimulou a criação de trabalhos para a divulgação de dados educacionais. A iniciativa tem à frente o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), em parceria com a Fundação Lemann. Todos os gastos dos participantes com passagens aéreas, alimentação, hospedagem e traslados foram custeados pelo Inep.
Os participantes tiveram 48 horas para desenvolverem um projeto na área delimitada pela maratona e Júlio Virgínio integrou-se a mais três programadores para elaborar um jogo virtual denominado Up6. Neste “game” os estudantes poderiam administrar a própria escola, com recursos pré-definidos, tendo a finalidade de aumentar o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) da instituição. “A ideia era conscientizar os alunos de que as melhorias repercutem na qualidade do ensino, como também, estimulá-los a reivindicarem, junto aos gestores, melhorias nas suas escolas”, explica o aluno.
O projeto desenvolvido rendeu elogios da organização do evento e Júlio Virgínio comemorou a experiência vivida nos três dias de evento. “O conhecimento e a experiência adquiridos foram sem comparação, é uma oportunidade ímpar que tive de aprender com novas informações e conhecer pessoas com ótimas ideias”, destacou o jovem, que já está pensando no desenvolvimento de novos projetos para edições futuras do Hackathon.