terça-feira, 4 de maio de 2010

OMS prepara orientações para tratamento de pessoas picadas por cobras venenosas

Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil

Brasília – Pelo menos 5 milhões de pessoas em todo mundo são vítimas de ataques de cobras venenosas, que acabam provocando a morte de cerca de 100 mil anualmente. Para evitar o agravamento da situação, a Organização Mundial da Saúde (OMS) vai publicar novas orientações sobre o tratamento dispensado às vítimas. A ideia é incluir informações sobre a produção, a regulação e o controle do soro antiofídico, acompanhadas de um detalhamento sobre as cobras peçonhentas e suas características.

“Muitos países não têm acesso aos antivenenos de que necessitam. Outros países utilizam antivenenos que nunca foram testados. Muitas vezes são atacadas, não podem receber o tratamento de que necessitam “, disse a diretora-geral adjunta da OMS, Carissa Etienne em um comunicado à imprensa.

As informações são do site da Organização das Nações Unidas (ONU). Pelo estudo em curso, a OMS vai orientar sobre os riscos de ataques de cobras venenosas causarem paralisia, que pode levar à interrupção da respiração, insuficiência renal irreversível, amputação de os órgãos e até hemorragia fatal.

De acordo com a organização, vários fatores levaram à escassez mundial de soro antiofídico, como a falta de dados sobre o número e tipo de picadas de cobra. Além disso, alguns fabricantes pararam de produzir os medicamentos em decorrência de uma série de dificuldades, como estimativas precisas e má distribuição. A partir daí surgiu, segundo a OMS, uma desconfiança sobre a comercialização e a eficácia dos antivenenos.

As novas orientações deverão reunir dados para colaborar com as ações dos funcionários de saúde pública para determinar que antivenenos são necessários no seu país e com a elaboração de políticas nacionais de saúde pública.

A ideia é também ajudar os médicos e os profissionais de saúde no tratamento de ataques de cobra e aumentar a conscientização entre a população, informando sobre a existência de cobras venenosas que vivem na sua região.

Edição: Juliana Andrade

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