A assessoria de imprensa da Coligação Coragem pra Mudar esclarece que a enfermeira do Pronto Socorro do Hospital Tarcísio Maia, Sandra Andréia Duarte, participou voluntariamente da gravação do programa eleitoral, foi informada de que o vídeo trataria da gestão municipal da saúde em Mossoró e de que ele seria utilizado na propaganda eleitoral da Coligação Coragem pra Mudar – isso é comprovado através do documento de autorização da imagem que ela assinou (em anexo).
As perguntas foram informadas previamente: 1 – Como a senhora vê a assistência materno-infantil em Mossoró?, 2 – Quais são os principais problemas que enfrenta no seu dia a dia como enfermeira do Pronto Socorro?, e 3 – A que a senhora atribui esses problemas?Sandra Duarte ficou livre para responder como quisesse.
Além disso, o fato de a coligação Força da União veicular em programa eleitoral que o fechamento dos hospitais “não tem relação com a administração municipal”, já que não se tratavam de unidades municipais, mostra quão despreparada está para governar.
O Sistema Único de Saúde não é constituído apenas da parte física: quando o município não possui infraestrutura para oferecer determinados serviços, ele deve contratá-los de hospitais filantrópicos e privados através de convênios. Era assim que determinados serviços eram realizados em Mossoró.
À medida que os hospitais foram fechados, o município não construía sua própria infraestrutura ou substituía os convênios, e o resultado é que Mossoró foi ficando sem cirurgias eletivas, sem UTI infantil e com apenas três leitos de UTI neonatal que atende pelo SUS – demanda insuficiente para atender apenas Mossoró.
A deficiência da assistência materno-infantil já foi documentada em reportagens e depoimentos na imprensa local, como a história dramática do jornalista Carlos Duarte, que teve a filha recém-nascida morta por falta de equipamentos.
Mas Mossoró, por ser cidade polo da região Oeste, possui sistema de gestão plena, e de acordo com o que estabelece o SUS, de garantir todo atendimento de baixa, média e alta complexidades para todos os habitantes da região – e recebe recursos para isso. Ainda de acordo com a legislação, esses serviços deveriam ser oferecidos preferencialmente por unidades públicas de saúde, mas nada foi construído nas duas últimas décadas. Assessoria.