Nos últimos dias, a imprensa nacional tem-se voltado seus olhos para o Supremo Tribunal Federal, devido o complexo problema da “Lei da Ficha Limpa”.
Infelizmente, no Brasil é assim: quando é para estabelecer leis que prejudicam os pequenos, rapidinho são aprovados, porém, quando é para aprovar leis que são contrárias aos interesses de uma classe corrompida pelo poder, é a maior discussão.
No nosso país, se uma pessoa deixa de pagar uma conta, mesmo se estiver desempregado e não puder pagar, com poucos dias ele estará com o nome sujo na praça (SPC/Serasa). Agora, se for um político, que tenha cometido desvio de conduta, ele poderá ser candidato quantas vezes for necessário, que a justiça faz vista grossa.
Grande parte disso, a culpa é de nós brasileiros, que vemos esses erros grosseiros e não tomamos nenhuma atitude. E o pior ainda, muitas vezes aprovamos os ficha-sujas nas eleições.
Talvez se a população brasileira tivesse ido ao STF ou por meio de passeatas nas ruas, pressionando os juízes, o resultado à favor do Ficha Limpa, já teria sido válido para as eleições desse ano.
No século XVII, o poeta Gregório de Matos recebeu os apelidos de “Boca do Inferno” e de “Boca de Brasa”, por que, mesmo fazendo parte da elite brasileira, ele denunciava, por meio dos seus poemas, as roubalheiras que existiam no Brasil naquela época. Em um dos seus poemas ele dizia:
Quem rouba pouco é ladrão
Quem rouba muito é barão
Quem rouba muito se esconde
Vai de barão à visconde.
E é justamente isso que ocorre no Brasil desde o período de sua colonização. E só há uma maneira de revertermos esse papel: é no dia 03 de outubro, todos nos brasileiros sabermos escolher os nossos representantes, escolhendo realmente aqueles que tenham a ficha limpa. E se caso, algum que é ficha limpa hoje, entrar no mundo dos ficha-sujas, lutarmos para que na próxima eleição ele não seja mais eleito. Um grande abraço à todos e votem consciente. Professor Marciano Dantas de Medeiros – Natal, RN.
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