quarta-feira, 21 de abril de 2010

Professor que ofendeu aluno da UFRN ainda na mira dos estudantes

O Centro Acadêmico do curso de Direito da Universidade Federal do Rio Grande do Norte deu entrada ontem junto à Ouvidoria da instituição no pedido de reabertura do processo administrativo contra o professor Nilton Bezerra Pires, acusado de destratar o aluno do curso Leonel Pereira João Quade, que é africano da Guiné-Bissau. Com o pedido de reabertura do processo, o CA quer que a universidade julgue o professor, tendo em vista que a sentença judicial do juiz Fábio Luiz de Oliveira Bezerra condenou apenas a UFRN que deverá pagar ao africano R$ 10 mil de indenização por danos morais. O CA defende que a Procuradoria Geral da UFRN entre com uma ação regressiva como forma de reverter para o professor o pagamento da indenização e a consequente demissão.
Para instigar mais ainda a situação, o africano afirma que está recebendo ameaças por telefone, vindas de pessoas que se identificam como familiares do professor. Segundo Leonel Pereira, as ameaças aconteceram tão logo foi publicada a sentença judicial. "Eles andavam procurando africanos pelo campus para chegar até a mim e conseguiram ligar para um amigo que estava comigo, foi quando vieram as ameaças, fazendo insultos e dizendo que eu estava me metendo com a pessoa errada e iria pagar pelo que estava fazendo", relata Leonel, declarando que por conta disso registrou Boletim de Ocorrência na Delegacia do Cidadão, no shopping Via Direta.
A reportagem tentou ouvir o professor Nilton Pires, mas o Centro de Ciências Sociais Aplicadas não forneceu o telefone, bem como tentou falar com o reitor da UFRN, Ivonildo Rego, tendo em vista que envolve relações internacionais e um acordo entre os dois países, mas não recebeu retorno.

Por Francisco Francerlle, da redação do DIARIODENATAL

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