A nova composição do Senado para a próxima legislatura, que se inicia no dia 2 de fevereiro, será marcada pela diversidade. Senadores das mais variadas idades, formações profissionais e experiências políticas participarão juntos de discussões e votações na Casa.
Com 87 anos, o senador Garibaldi Alves (PMDB-RN), que recentemente assumiu o mandato da senadora Rosalba Ciarlini (DEM), eleita governadora do Rio Grande do Norte, será o mais velho dos 81 parlamentares da 54ª Legislatura. Ele tem um ano a mais que Epitácio Cafeteira (PTB-MA), de 86 anos.
Como senador mais idoso, Garibaldi Alves, pai do também senador Garibaldi Alves Filho, nomeado ministro da Previdência, terá algumas prerrogativas. Caberá a ele, por exemplo, presidir a sessão plenária em caso de ausência dos membros da Mesa.
No outro extremo, estará Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), que assumirá o mandato com 38 anos, apenas três acima da idade mínima exigida para o cargo. O segundo senador mais jovem da nova legislatura será Lindberg Farias (PT-RJ), de 41 anos.
Randolfe Rodrigues iniciou a carreira política no PT, partido que trocou pelo PSOL em 2005. É professor universitário de Direito Constitucional e História do Direito.
Mandatos
Enquanto Randolfe Rodrigues e Lindberg Farias estrearão no Senado, outros senadores já o conhecem como à própria casa. Os dois senadores mais antigos serão José Sarney (PMDB-AP), que está no quinto mandato parlamentar e já foi eleito três vezes presidente do Senado, e Pedro Simon (PMDB-RS), que está em seu quarto mandato.
Sarney foi eleito para o Senado pela primeira vez, pela ARENA, em 1970. Foi reeleito em 1978 e, após ser presidente da República (1985-1990), voltou a se eleger em 1990, 1998 e 2006. Ele ocupou a Presidência da Casa em três diferentes períodos: de 1995 a 1997, de 2003 a 2005 e de 2009 até a presente data.
Pedro Simon foi eleito pela primeira vez em 1978 pelo então MDB, que no ano seguinte se transformaria no PMDB, com a reforma partidária decretada pelo governo no final do período militar. Foi eleito novamente para o Senado em 1990 e reeleito em 1998 e novamente em 2006.
Profissões
Entre os parlamentares que iniciarão a nova legislatura, duas profissões se destacam: são 14 advogados e 11 empresários. Há ainda dez professores (do ensino fundamental ao universitário), nove engenheiros (em sua maioria engenheiros civis), seis economistas e igual número de jornalistas.
Em número menos expressivo há também parlamentares médicos, historiadores, contadores, metalúrgicos, pastores evangélicos, bancários, odontólogos, radialistas, corretores de imóveis, psicólogos, servidores públicos, pecuaristas e pedagogos, entre outras profissões. Cristina Vidigal / Agência Senado.