sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Márcia Maia visita Fiart e artesãos pedem apoio à categoria no RN

image A feira que reúne uma variada programação artesanal, cultural e gastronômica, a Fiart, termina no próximo domingo (02), no Pavilhão das Dunas do Centro de Convenções de Natal. A deputada estadual Márcia Maia, uma das grandes entusiastas do evento, visitou o pátio da feira na última quinta-feira (30) e ouviu uma série de desabafos dos artesãos que se mostravam insatisfeitos com a política do Governo do Estado para o setor.

Falta de apoio na comercialização de artesanato, redução drástica do número de feiras pelo RN e ausência nos eventos nacionais e internacionais, além do fim de programas de qualificação profissional voltada para o artesanato e a formação técnica de novos artesões pelo estado estavam entre as principais reclamações ouvidas pela parlamentar.

Entre as artesãs insatisfeitas estava Ana Lúcia, de Ceará-Mirim. “A nossa categoria está abandonada. Tínhamos uma associação em Ceará-Mirim que funcionava e tinha um importante apoio do Governo do Estado, chegamos a ir para a Espanha representar o estado em feiras internacionais. Agora, até a nossa associação fechou por falta de apoio”, afirmou a artesã, que produz cestas de palha de carnaúba. “Queremos aquele mesmo apoio de volta”, pediu.

A parlamentar lamentou a situação e lembrou as ações realizadas pela Secretária de Trabalho, Habitação e Assistência Social (Sethas), quando além da realização e apoio às feiras na capital e interior, ainda contava com o incentivo na participação de comitivas potiguares dentro e fora do país, fórum permanente dos artesãos do RN, promoção do Desenvolvimento Solidário, dentre outras.

“Não há mais feiras no interior do estado, pouca assistência técnica do governo, queda de produção, a falta de apoio na comercialização de artesanato, propusemos microcrédito, além de fórum permanente que foi ativado na minha gestão na Sethas, um canal direto junto a Sebrae, Banco do Nordeste e Associações. A gente trabalhava escutando o segmento. Fórum não existe mais, e foi muito forte a fim de promover o desenvolvimento da atividade”, destacou ela.

Para Márcia, o investimento em artesanato é garantir não apenas emprego e renda para a população da capital e do interior, mas também oferecer a chance de divulgação da cultura do Rio Grande do Norte para o país e o mundo. 

“No Brasil, o setor de artesanato movimenta R$ 50 bilhões por ano. São mais de 8,5 milhões de pessoas envolvidas com a atividade no país e quase metade da produção está no Nordeste. Na Assembleia, cobramos constantemente apoio ao setor e esperamos que se olhe para essa categoria, que colabora de forma substancial para nossa economia, com a devida atenção”, disse.

Fiart

Os artesãos que participam das Fiart’s tem origem em diversos municípios do Rio Grande do Norte, todos os estados brasileiros e muitos países, como Bolívia, Peru, Espanha, Itália, Uruguai ,entre outros. 

Com o tema “A originalidade dá forma a novas oportunidades”, a feira conta com 385 estandes e os organizadores estimam que 68 mil pessoas deverão circular pelo evento durante o período. A feira tem apoio da Prefeitura de Natal, Sebrae/RN, Ministério do Desenvolvimento da Indústria e do Comércio Exterior e do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado do Trabalho, da Habitação e da Assistência Social.

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