terça-feira, 3 de maio de 2011

Fábio Faria propõe texto que preserva produção de sal e de camarão em Código Florestal

O Código Florestal é motivo de polêmica na Câmara dos Deputados esta semana. Um novo relatório deve ser apresentado pelo deputado Aldo Rebelo e a expectativa é que traga mudanças que permitam a continuidade de atividades importantes para a economia de muitos estados brasileiros. O deputado federal Fábio Faria defende a manutenção da produção de sal e do camarão, duas das atividades econômicas mais relevantes para o Rio Grande do Norte.

“Estamos defendendo a inclusão de áreas de rio salgado e apicuns na legislação como não consideradas de preservação permanente, assegurando a continuidade da exploração do sal marinho e da carcinicultura em nosso Estado”, afirma Fábio Faria. Caso não constem desta forma no Código Florestal, estas áreas poderão ser consideradas de preservações em outras resoluções e as atividades ficariam impossibilitadas.

A mudança no texto foi sugerida por representantes dos setores salineiros e aquícolas do Brasil. “Esse é um pleito urgente, porque se o Código Florestal deixar esta questão em aberto, resoluções do Conama poderão definir as áreas de rio salgado e apicuns como preservação permanente, o que acabaria com a carcinicultura e com as salinas”, explicou Itamar Rocha, presidente da Associação Brasileira de Criadores de Camarão.

Na tarde desta terça-feira (3), o deputado Fábio Faria participou de reunião de líderes com o relator Aldo Rebelo sobre o novo relatório a ser apresentado, que prometeu reavaliar todos os pontos polêmicos.

NÚMEROS

O Rio Grande do Norte é o maior produtor nacional de sal, respondendo por 90% de tudo o que se consome no país. A produção se concentra principalmente nos municípios de Macau, Mossoró e Areia Branca e o parque salineiro potiguar possui capacidade para produzir até 13 milhões de toneladas de sal por ano. Já a carcinicultura é uma das principais atividades econômicas do RN atualmente. De acordo com levantamento da Associação Brasileira de Criadores de Camarão, o estado contabiliza 362 fazendas de cultivo distribuídas por uma área de 5.402 hectares. Estima-se que a atividade gere, hoje, cerca de 30 mil empregos entre diretos e indiretos em solo potiguar. Assessoria

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