O senador Magno Malta (PR-ES), em pronunciamento nesta quinta-feira (26), cumprimentou a presidente da República, Dilma Rousseff, pela decisão de vetar a distribuição do kit do Ministério da Educação destinado a combater a homofobia nas escolas. O senador lembrou sua atuação pela eleição da presidente e o compromisso que a então candidata assinou pela defesa da família.
- Enquanto pai de família, eu me orgulho muito mais de ser base do governo dessa mulher que tem palavra, que tem lucidez e entendeu plenamente que a saída para o país é o fortalecimento da família - afirmou.
O parlamentar classificou o kit do MEC como "apologia ao homossexualismo", afirmando que Dilma Rousseff, segundo palavras do secretário-geral da Presidência, o teria considerado "horroroso" e "o fim do mundo". Também citou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que, em declaração recente, afirmou que interferir na educação familiar não é política de governo.
Magno Malta, ao lembrar a Marcha da Família, a ser realizada em 1º de junho, fez novas críticas ao projeto de lei da Câmara que criminaliza a homofobia (PLC 122/06). O senador classificou o projeto de "texto nefasto, inconstitucional, cheio de sutilezas contra a família, encampado politicamente por alguns", e pediu amplo debate sobre seu conteúdo:
- Tudo que eles não querem é que a sociedade tome conhecimento daquele texto - reclama.
O senador Walter Pinheiro (PT-BA), em aparte, assinalou que ninguém pode interferir na opção de fé ou na orientação sexual de cada indivíduo, o que, segundo ele teria orientado a decisão da presidente da República, e não qualquer pressão religiosa. A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), por sua vez, defendeu uma "educação para a cidadania" e afastou a possibilidade de Dilma Rousseff ter cedido a pressões políticas das bancadas religiosas ao vetar o kit do MEC.
CPI do Palocci
Pela liderança do PR, Magno Malta anunciou a retirada da assinatura do senador Clésio Andrade (PR-MG) do pedido de CPI para investigar o enriquecimento do ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci. Magno Malta reafirmou sua confiança no governo, argumentando que o Brasil não quer uma crise nos primeiros meses de Dilma Rousseff na chefia do Executivo.
Da Redação / Agência Senado