Na atual legislatura, que acaba em 31 de janeiro próximo, o único projeto que propus para votação na Assembleia e que vi ser derrotado no plenário foi o que extingue a residência oficial de Governo no Rio Grande do Norte.
Minha intenção com o projeto era traumatizar a relação da classe política com a máquina pública.
Sim. Isso mesmo. Traumatizar.
Mas não entenda como um trauma negativo, que ofende, denigre, faz doer.
Entenda como algo positivo. Um alerta de um deputado que, embora seja hoje ocupante de um cargo político, tenta, todos os dias, pensar e agir como o cidadão comum, aquele que, como você e muita gente boa, só vê as notícias da política pelos jornais, rádio, tv, instagram, twitter, facebook.
O trauma que quis protagonizar foi o de mostrar à classe política que os tempos mudaram. A liberdade de expressão tornou a IMPESSOALIDADE na máquina pública uma necessidade e não mais uma opção desse ou daquele gestor mais ou menos consciente do seu papel à frente da ordenação de despesas.
Pois bem! Apesar da derrota no plenário, o atual governador do Rio Grande do Norte, em um gesto simbólico, vai dar o exemplo e não manterá residência oficial para governador na atual gestão.
O novo governante vai morar em sua própria casa, como um cidadão comum, e não em uma mansão custeada pelo dinheiro do sofrido trabalhador potiguar.
Torço para que este exemplo que chega de cima se espalhe pelos demais setores da máquina abaixo dele.
No quesito impessoalidade na máquina pública, 2015 começou bem.