Projeto musical traz no próximo fim de semana sete atrações premiadas e reconhecidas pela crítica especializada, e tudo de graça
O novo projeto musical da cidade Tem Verão Som Natal nasceu com estilo definido. A marca é o olhar à boa música produzida no estado potiguar e no cenário nacional, sem apelo popular e pautado apenas no que a crítica especializada e as mais prestigiadas premiações da música brasileira reconhecem. Já no primeiro ano de realização – com patrocínio da Skol, via Lei Câmara Cascudo –, a mostra de qualidade está comprovada nas atrações, dividida em dois dias (15 e 16), no palco montado no Largo do Teatro Alberto Maranhão (Ribeira). Os shows – com acesso livre – começam a partir das 18h. Veja quem é quem no ‘Tem Verão’:
DIA 15 (SÁBADO)
Talma&Gadelha: O Talma&Gadelha é hoje uma das bandas mais populares do Rio Grande do Norte, com apenas três anos de trajetória e dois álbuns já lançados – Matando o Amor (2011) e Maiô (2013), já listados entre os melhores do ano em diversos sites de música especializada – e com recorde de downloads na internet. A banda faz uso do amor em variadas vertentes e ritmos nas composições, com refrões que já caíram no gosto do público natalense e de outros recantos nordestinos. Com o apoio do combo cultural DoSol, já produziram três clipes, fizeram parcerias com artistas como a Andreia Dias (SP) e já excursionaram por São Paulo, Bahia, Fortaleza, Paraíba e colecionam eventos importantes como o Pratas da Casa do Sesc Pompéia (SP) e festivais como o Feira da Música (CE), Feira Noise (BA), Suíça Baiana (BA), Festival Dosol (RN), Mada (RN) e Festival Bananada (GO). Além de show ao vivo no Trama Virtual, transmitido pela TV Cultura.
Criolina: A dupla maranhense, formada por Luciana Simões e Alê Muniz conquistou o Prêmio da Música Brasileira em 2011, na categoria Melhor Álbum, com o CD Cine Tropical, que também foi eleito pelo jornal O Estado de São Paulo um dos 20 melhores CDs daquele ano. O Criolina faz um show vibrante, dançante, que vai além do entretenimento. Música com letras fortes, trabalhando com os sotaques nordestinos em formato contemporâneo. A sonoridade é moderna e permite o uso de samplers e programações eletrônicas, mistura ritmos, como rock, funk e ska às levadas regionais, como tambor de crioula, toadas de bumba-meu-boi, côco, merengue, boleros, carimbo e sóca. Trilhas de um clima caliente e tropical. Nas letras de Cine Tropical estão romance, aventura, bang-bang, ficção científica e até chanchada – trilhas que conduzem a diversas paisagens musicais do cinema.
Dusouto: Pop, funk, ska, música eletrônica, uma enchente de programações eletrônicas e o principal: estilo. O Dusouto é uma banda cuja personalidade está marcada em cada beat autoral, seja pela irreverência mesclada à crítica social, com sotaque potiguar e deferida com ironia, seja pelo groove contemporâneo e único. Os músicos desse trio potiguar vêm de bandas lendárias, a exemplo do General Junkie. Paulo, Gabriel e Gustavo, os três Dusouto são os autores do excelente Malokeiro High Society – um dos melhores álbuns lançados em solo potiguar nos últimos tempos. Antes dele foi lançado o disco homônimo e, por último, o irreverente Cretino, cujo clipe se espalhou rapidamente na internet. O Dusouto arrasta milhares de fãs a seus shows e já ganhou fama nacional em alguns dos maiores festivais de música do país.
Cidadão Instigado: A banda foi criada em 1994 pelo compositor, produtor artístico e dos mais influentes guitarristas da atualidade, Fernando Catatau. O músico tem colaborações com artistas como Vanessa da Matta, Otto, Zeca Baleiro, Los Hermanos, Chico César, Nação Zumbi, Toni Allen, Karina Buhr, dentre outros. Elogiado por artistas como Tom Zé e Caetano Veloso, em 2009 foi considerado o “Homem do Ano” pelo jornal O Globo. Além de produzir discos como Iê-Iê-Iê, do Arnaldo Antunes, e ‘Avante’ de Siba, atualmente Fernando Catatau produz o disco de Arnaldo Batista e Otto. Catatau também compõe trilha para cinema e teatro. Com o terceiro disco “UHUUU!” o grupo recebeu e foi indicado a quase todos os prêmios da música brasileira; considerado o “melhor show de 2009” pelo guia da Folha de SP e o “melhor álbum do ano” pela revista Rolling Stone. Também foi indicado ao VMB, Prêmio Multishow, Prêmio Musical Digital e Prêmio Bravo, além de tocar nos principais festivais de música do país, como SWU e Natura Nós. Ocupou também o palco Sunset do Festival Rock in Rio.
DIA 16 (DOMINGO)
Orquestra Contemporânea de Olinda: Destaque da nova geração no cenário nacional e forte representante da diversidade sonora de Pernambuco, com misturas de ritmos do mundo, a Orquestra Contemporânea de Olinda é uma big band composta por dez músicos que desenvolvem composições e fusões de ritmos de uma forma própria. O grupo foi idealizado pelo percussionista Gilú Amaral (apontado por Naná Vasconcelos como um dos mais criativos nomes da nova geração) e traz como marca duas das maiores “escolas” de referência da música pernambucana: a percussão e os sopros. Unem-se a eles, ainda, baixo, microkorg, guitarra, rabeca e um duo de vozes masculinas. Com o primeiro disco, homônimo, lançado em 2008 (Som Livre), a Orquestra Contemporânea de Olinda conquistou indicações ao Prêmio da Música Brasileira (2009), Grammy latino (2010), teve o show considerado um dos melhores de 2009 pelo Jornal O Globo e ganhou meia página do The New York Times pela apresentação feita no Lincoln Center (NY), em 2010, na primeira turnê pelos EUA.
Khrystal: A criança pobre que dormiu nas ruas da Cidade Alta, morou em albergues na adolescência e pediu oportunidade a Pedro Abech para estrear sua voz no palco do seu bar em 2002, no Beco da Lama, foi um dos destaques no último The Voice Brasil. A potiguar de 32 anos soltou sua nordestinidade e conquistou público e jurados. Após os álbuns Coisa de Preto (2007, com participação do violonista e compositor Guinga) e Dois Tempos (2012), a cantora natalense mostrou personalidade e a postura arretada que já rendeu elogios de um dos mais respeitados críticos de música do país, Tárik de Souza. Antes do The Voice, Khrystal foi uma das atrações do programa especial de São João da Rede Globo, em junho de 2010. Na primeira vez, em especial no programa Som Brasil veiculado em 2008, ela foi indicada do cantor Renato Braz. A “Khrystalina” também está prestes a concluir sua participação no filme A Luneta do Tempo. O longa é dirigido por Alceu Valença e Khrystal, convidada pelo próprio, interpreta o papel de uma das cangaceiras do bando de Lampião.
Felipe Cordeiro: Este paraense apresenta “o pop tropical”, onde carimbó, rock e a estética Kitsch se alinham numa sonoridade marcada pelo vigor rítmico, inventividade e letras instigantes para ouvir e dançar. Produzido por André Abujamra, o álbum Kitsch Pop Cult esteve na lista dos melhores do ano de 2012 da revista Rolling Stone e foi aclamado pela crítica da revista Bravo! como um dos mais importantes lançamentos desta década. Este ano, Felipe Cordeiro fez sua primeira tour na Europa, apresentando-se inclusive no tradicional Festival de Roskilde na Dinamarca. O novo álbum, “Se Apaixone Pela Loucura do Seu Amor” investe mais a fundo no pop tropical e flerta com o pop oitentista. Lançado no final de 2013 misturando cúmbia, bachata, cacicó, carimbó, rock, flertando com o synthpop e mpb, as canções trazem letras diretas: ora são crônicas de baile, ora são como letras de rádio fm. O disco ficou entre melhores do ano pela Revista Rolling Stone Brasil e a música “Problema Seu” foi a canção do ano de 2013 segunda a revista.
SERVIÇO
Projeto TEM VERÃO SOM NATAL
Local: Largo do Teatro Alberto Maranhão (praça Augusto Severo), na Ribeira
Datas e hora: dias 15 e 16 de fevereiro (sábado e domingo), a partir das 18h
Atrações:
Sábado: Talma & Gadelha, Criolina, Du Souto e Cidadão Instigado
Domingo: Orquestra Contemporânea de Olinda, Khrystal e Felipe Cordeiro
- Toda a programação é gratuita
* Contato para entrevistas: 9929-6595 (Sergio Vilar)