A seca no Nordeste já atingiu quase 900 cidades na região. São 19 milhões de pessoas afetadas pela falta de chuvas. Para amenizar os efeitos da estiagem o governo federal editou duas medidas provisórias (MPs) abrindo crédito extraordinário para atender às populações dos municípios atingidos. No entanto, praticamente nada foi liberado.
A MP 566, editada no dia 24 de abril deste ano, destina R$ 706 milhões para socorrer a região. Já a MP 569, editada em 14 de maio, abre crédito de mais R$ 688 milhões. De acordo com o deputado federal Felipe Maia, nada foi executado da MP 566 e somente 7,5% da MP 569 foram pagos. “O Planalto divulga ser amigo dos mais necessitados. Entretanto, de um lado temos 19 milhões de brasileiros que sofrem com a seca. Do outro, temos recursos em caixa prontos para serem utilizados e somente um valor irrisório pago”, disse o parlamentar.
Os recursos das medidas provisórias serão destinados aos ministérios da Integração Nacional, da Defesa e do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. A verba será destinada principalmente para aquisição de alimentos, abrigos emergenciais para os atingidos e para a distribuição de água em carros-pipa. “Medidas importantes para mitigar as consequências da estiagem e que estão paradas há meses pela falta de planejamento do governo”, lamentou Felipe Maia.