Em entrevista ao programa de rádio Jornal da Manhã, da Jovem Pan, nesta segunda-feira (21), o senador José Agripino voltou a defender o salário mínimo de R$ 560 e disse que esse valor é um das formas mais justas de se fazer políticas sociais e redistribuição de renda no Brasil. "Milhares de brasileiros que querem trabalhar merecem essa remuneração justa”, ressaltou.
Segundo o líder do DEM no Senado, a insistência do governo federal de só poder arcar com o mínimo no valor de R$ 545 deve-se à má gestão do dinheiro público. O parlamentar potiguar lembrou que, hoje, o valor da dívida interna do Brasil é de cerca de R$ 1,7 trilhão – sendo que só de juros o Executivo paga R$ 160 bilhões. Enquanto isso, continuou Agripino, o orçamento do programa Bolsa-Família é de R$ 13,5 bilhões. "Se um aumento de um real representa elevação de R$ 300 milhões em despesa por ano, o reajuste de R$ 15 proporcionaria um aumento de R$ 4,5 bilhões, contra R$ 160 bilhões de serviço da dívida interna a cada 12 meses”.
Em relação à possibilidade da presidente Dilma Rousseff reajustar o salário mínimo por decreto, o senador do DEM explicou que já existe uma Ação Direta de Inconstitucionalidade no Supremo Tribunal Federal referente ao assunto. “Aqui no Senado, nós, evidentemente, vamos votar contra porque a sociedade batalha pelo maior valor, e isso cabe aos deputados federais e senadores, que representam a sociedade no Congresso Nacional”, explicou. A votação do salário mínimo no Senado está marcada para próxima quarta-feira (23).Assessoria.