A senadora Rosalba Ciarlini cobrou do Governo Federal uma solução urgente para o endividamento dos agricultores brasileiros. “No ano passado, eles não conseguiram honrar os compromissos porque a produção ficou comprometida com o excesso de chuvas”, lembrou a parlamentar, que vem recebendo reclamações de pequenos produtores de diversos municípios do Rio Grande do Norte.
Para Rosalba, já está na hora do governo se debruçar sobre essa questão do endividamento rural. A senadora se associou ao senador Renan Calheiros (PMDB-AL) que chamou os técnicos do Ministério da Fazenda de “insensíveis” diante dos agricultores brasileiros. Rosalba concordou que a Medida Provisória 470/09, que concede crédito de R$ 6 bilhões para a Caixa Econômica Federal se adequar às exigências do Conselho Monetário Nacional e também atender a demanda de empréstimos e financiamentos na área de atuação do banco, só seja aprovada se houver esse compromisso do governo com os produtores.
A senadora diz estar preocupada com o agravamento da situação porque além de não poder quitar o débito que havia sido renegociado, muitos trabalhadores estão temerosos com a perspectiva de seca este ano. A apreensão é vivida pelo presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Rio Grande do Norte (FETARN), Manoel Cândido da Costa.
Embora não disponha, ainda, de um levantamento sobre o tamanho do débito dos produtores e nem quantos eles são no Estado, Manoel Cândido adianta que muitos agricultores não puderam pagar os empréstimos contraídos em 2008, mesmo com o refinanciamento. “Muitos perderam o prazo para pagar o parcelamento e estão sem saber o que fazer”, afirma o presidente da FETARN, acrescentando que a safra de feijão e milho foi seriamente comprometida com o inverno rigoroso do ano passado.
O pagamento dos financiamentos rurais deve ser um dos principais pontos do Grito da Terra que será realizado em maio, em Brasília. Até lá, a senadora Rosalba Ciarlini diz que continuará cobrando do governo apoio para os agricultores. Além da renegociação das dívidas rurais, Rosalba defende uma espécie de seguro-desemprego para os produtores na época de quebra de safra.
