sexta-feira, 25 de abril de 2014

Justiça na Praça une 165 casais no centro de Canguaretama

Durante a realização ontem (24) da 36ª edição do programa “Justiça na Praça”, do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJRN), na Comarca de Canguaretama, 165 casais selaram sua união em plena praça pública. O casamento comunitário, ponto alto do evento, reuniu inúmeras pessoas no Centro de Canguaretama,município da região Agreste do Estado, todas curiosas para assistir a tradicional cerimônia promovida pelo evento.

Coube à juíza Marina Melo a condução da celebração. A magistrada atua como celebrante dos casamentos do Justiça na Praça há mais de dois anos. Ela passou valiosas informações para os nubentes com o objetivo de que eles tenham um casamento duradouro, com base no amor, respeito e compreensão.

Conselhos que serão seguidos pelo casal mais jovem da celebração. Arnaldo Valdevino, 24 anos, e Elisângela da Silva, de apenas 16 anos, apesar da pouca idade, mostraram coragem e que têm a certeza do que querem. Em meio a olhos e ouvidos bastante atentos, eles prestaram homenagens recíprocas e juraram amor e cumplicidade por toda a vida, perante a juíza celebrante.

Após sete meses de namoro, viram no Justiça na Praça a oportunidade que faltava para casarem. Arnaldo disse que foi incentivado pelo pastor da igreja que frenquenta a procurar o Poder Judiciário para participar do casamento comunitário. Com isso, os nubentes evitaram gastar R$ 236,00, o que, para ele, representa um gasto muito no seu orçamento. “O Tribunal de Justiça está de parabéns por nos dar esta oportunidade”, agradeceuArnaldo.

Na solenidade de abertura do evento, a desembargadora Zeneide Bezerra falou que a cada edição vê sempre renovada a alegria a satisfação estampada em cada rosto dos noivos que estão casando em plena praça pública. Segundo ela, essa felicidade já contagiou mais de seis mil nubentes desde a primeira edição do “Justiça na Praça” até hoje.

Experiência

Os mesmos conselhos, apesar de já conhecidos, serão cultivados com ainda mais atenção pelo casal mais idoso da celebração. Seu João Romualdo tem 78 anos e dona Rita Lira tem 74 e há 50 anos um vem cuidando um do outro de forma exemplar. É tanto cuidado que os dois construíram uma família numerosa, mas bastante unida.

A experiência adquirida durante tanto tempo lhes rendeu 15 filhos e inúmeros netos e até bisnetos. Mas apesar de toda a felicidade compartilhada durante todos estes anos, dona Rita Lira sentia falta de uma coisa: a oficialização de sua bela união, sonho agora proporcionado pelo Poder Judiciário e de forma gratuita.

Momentos antes, o padre José Neto falou da importância do casamento e da família, tanto para Deus como para a vida em sociedade. Ele explicou que é importante o casamento civil, já que está vinculado ao religioso. Ou seja, este só tem eficácia se ocorrer aquele. Parabenizou todos os casais pela união e desejo de constituírem novas famílias e parabenizou também o Judiciário pela iniciativa.

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