sexta-feira, 22 de junho de 2012

Entidades agropecuárias promovem coletiva de imprensa para tratar do Programa do Leite

image Foi promovida na tarde de quinta-feira (21) na sede da Federação da Agricultura e Pecuária do Rio Grande do Norte (Faern), coletiva de imprensa para mostrar aos potiguares a real situação dos produtores de leite do estado e o desalento generalizado por conta do aumento anunciado de R$ 0,93, pela governadora Rosalba Ciarlini, para os fornecedores.

Idealizado pelas diretorias da Anorc, Sinproleite e Faern, a coletiva tratou sobre a proposta de aumentar o preço pago ao produtor (saindo dos atuais R$ 0,80 para R$ 0,93) pelo litro de leite “in natura”, apresentado na quarta-feira (20) pelo governo estadual. “Já tratamos dessa questão em diversas ocasiões e até mesmo com a própria governadora Rosalba e o secretário de Agricultura, Betinho Rosado. Por isso, acredito que eles estão cientes e sabem da dificuldade que é produzir no RN. Com esse pequeno aumento anunciado, muitos produtores já afirmam que não terão como manter a atividade leiteira em operação, principalmente nesse período nebuloso de seca”, afirmou o presidente da Faern, José Álvares Vieira, que mesmo em viagem ao Rio de Janeiro (onde participa da Rio+20) questionou o valor oferecido pelo governo.

De acordo com o agropecuarista e presidente do Sinproleite, Marcelo Passos, a intenção de convocar a imprensa foi de fazer ecoar o pedido de inúmeros produtores rurais. “Com os jornais e as equipes de TV, queremos que toda a sociedade tome conhecimento do quadro geral da atividade produtiva nesses últimos tempos. Queremos mostrar a realidade de uma imensa parcela da população que está sofrendo com os efeitos catastróficos da seca e também mostrar para todos o descaso do Governo do Estado com os produtores rurais, principalmente os produtores de leite”, ressaltou Passos.

Entrega do leite

De acordo com os organizadores da coletiva, a distribuição do Programa do Leite caiu para 70 mil litros diários, menos da metade do volume original distribuído à população - que chegava a 155 mil litros. “Essa é a realidade que está na mesa. A situação da entrega do leite e os problemas que essa baixa causará para as famílias mais pobres. Queremos saber se o governo continuará observando ou se tomará providencias concretas. Para o produtor de leite bancar o projeto é que não dá”, afirmou o vice-presidente da Anorc, Antônio Teófilo.

De acordo com o presidente da Federação da Agricultura, José Vieira, a administração estadual precisa se sensibilizar com a situação e agir rápido ou todo um setor será penalizado. “Espero que o Governo se sensibilize e faça algo pelo setor leiteiro. Não gostaria de observar a falência de um programa tão importante e abrangente socialmente. E nem muito menos a derrocada da bacia leiteira potiguar”, finalizou Vieira.

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