É preciso fazer avaliação urgente porque greves não estão encerradas, diz senador
A solução para as constantes greves das polícias militares (PMs) que assolam o país é a aprovação imediata do Fundo Nacional de Segurança Pública com recursos do governo federal. O alerta é do presidente nacional do Democratas, José Agripino (RN) . Em discurso na tribuna do Senado nesta segunda-feira (13), o senador lembrou que, em 2009, quando o país estava sob o comando do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ex-chefe do Executivo sancionou o piso salarial de R$ 4 mil para os militares do Distrito Federal – os únicos pagos pela União - e incitou os estados a lutarem pela mesma conquista.
“O ex-presidente Lula incitou essas greves que estão ocorrendo hoje. Ele entregou aos governadores um legado insuportável, a menos que se encontre um caminho como o de montar uma massa de recurso público vinda da União para dar aumento aos militares de todos estados”, disse Agripino. “Segurança é um problema seríssimo. É preciso fazer uma avaliação sobre o que está acontecendo porque este assunto de paralisação não está encerrado”, acrescentou o parlamentar.
A greve de doze dias dos policiais militares da Bahia – encerrada nesse final de semana – deixou mais de 150 mortes. A Força Nacional ainda está no estado. Já no Rio de Janeiro, os PMs discutem o início de uma paralisação por melhores salários. “Assim como botou a Força Nacional na Bahia, o governo tem a obrigação de sentar na mesa e discutir o Fundo Nacional de Segurança”.
José Agripino disse ainda ser imprescindível a aprovação da PEC 300, em tramitação no Congresso, que iguala os salários dos militares de todo o país. “O ex-presidente Lula incitou os congressistas a elaboraram a PEC 300, que agora é obrigação do governo”, destacou o presidente do Democratas. “Os policiais se sentem humilhados com tudo que aconteceu nesses dias. É preciso sentar ma mesa e discutir. Governo bom é aquele que consegue evitar greves, que são latentes e não estão encerradas, e cabe a nós cuidarmos antes que seja tarde”.Assessoria