A arrecadação da Previdência Social no setor urbano, no mês de setembro, foi de R$ 19,3 bilhões, 7,7% maior que no mesmo mês do ano passado. Se comparada a agosto, a arrecadação teve queda de 3,8%. A explicação está na arrecadação acima da média, em agosto, por causa das contratações temporárias ocorridas em julho, especialmente nos setores da indústria, comércio, turismo, lazer e entretenimento.
“O país continua crescendo e isso gera novos empregos formais. Dessa forma se mantém toda uma situação que vem se consolidando, desde janeiro até agora, com a previdência urbana tendo esses superávits. A respeito da crise internacional, temos segurança que ela não afetará o desempenho das contas da previdência até o final do ano. O que pode acontecer é, com um crescimento menor do país no próximo ano, haver algum reflexo. Mesmo assim, acreditamos que a previdência urbana continuará apresentando um resultado superavitário”, afirmou o ministro Garibaldi Alves Filho.
O ministro informou que a despesa com o pagamento de benefícios na clientela urbana foi de R$ 23,5 bilhões – 3,1% maior que em setembro de 2010. Se comparada ao mês anterior (agosto/2011), houve crescimento de 28,3% por causa da antecipação de metade do 13º salário dos benefícios previdenciários, que aumentou a despesa em R$ 7,0 bilhões. O valor leva em conta o pagamento de sentenças judiciais e a Compensação Previdenciária (Comprev) entre o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e os regimes próprios de Previdência Social (RPPS) de estados e municípios. Em consequência do aumento da despesa, o setor urbano apresentou necessidade de financiamento de R$ 4,2 bilhões, redução de 13,6% em relação a setembro de 2010.
No acumulado de janeiro a setembro, o setor urbano registrou superávit de R$ 6,2 bilhões. A arrecadação somou R$ 168,7 bilhões - elevação de 9,3% frente ao mesmo período de 2010 - e a despesa, R$ 162,5 bilhões. Entre o acumulado deste ano e o período correspondente de 2010, a arrecadação urbana cresceu 9,3%: 5,7 pontos percentuais a mais que a despesa com benefícios (3,6%). Esse crescimento também foi verificado no fechamento dos anos de 2007 e 2008.
Rural
A arrecadação líquida rural foi de R$ 484,0 milhões, um aumento de 2% na comparação com o mês anterior e 9,5% em relação a setembro do ano passado, quando foram arrecadados R$ 441,9 milhões. Se comparado a agosto, o pagamento de benefícios para o segmento rural teve queda de 8,7%. Foram gastos R$ 5,6 bilhões. Já em relação a setembro de 2010, houve crescimento de 3,6% nas despesas com pagamento de benefícios rurais.
A diferença entre arrecadação e despesa gerou necessidade de financiamento para o setor rural de R$ 5,1 bilhões – queda de 9,6% em relação ao mês passado e aumento de 3,1% em relação a setembro de 2010. Do valor da despesa, R$ 1,0 bilhão é referente ao pagamento da segunda parcela do 13º salário dos benefícios.
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