quarta-feira, 24 de março de 2010

Comissão de Assuntos Sociais do Senado (CAS)

Mudança no Estatuto do Idoso exige notificação por violência nos serviços de saúde

Maus tratos ou qualquer tipo de violência contra idosos no atendimento à saúde, público ou privado, deverão ser notificados. A obrigatoriedade está prevista no projeto (PLC 298/09) aprovado nesta quarta-feira (24) pela Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado, o qual altera o Estatuto do Idoso (Lei 10741/03) e inclui os serviços de saúde no rol de entidades responsáveis pela comunicação destes atos de violência.

Para a presidenta da Comissão, senadora Rosalba Ciarlini (DEM-RN), a violência contra o idoso é um problema de saúde pública e um dos graves problemas sociais do país. “Muitos idosos não denunciam a violência por medo ou por sentimento de culpa”, alertou Rosalba. Qualquer ação ou omissão que cause morte, dano ou sofrimento físico e psicológico aos idosos deve ser notificada à autoridade sanitária.

A proposta pretende subsidiar a formulação de políticas públicas, facilitar e ampliar as providências legais cabíveis. Agora, ela será votada pela Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) em decisão terminativa.

Aproveitando a discussão do projeto na CAS, o senador Geraldo Mesquita (PMDB-AC) fez um apelo aos integrantes da Comissão e sugeriu que os senadores deveriam parar o Senado enquanto o Governo Federal não vota as matérias de interesse dos aposentados na Câmara dos Deputados. “Não deveríamos votar nada no plenário até que o governo se posicione a favor dos aposentados. Esta é a maior violência praticada contra o idoso no Brasil”, disse. Geraldo Mesquita recebeu o apoio dos senadores presentes.
Rosalba é relatora do novo prontuário eletrônico para pacientes do SUS
A Comissão de Assuntos Sociais do Senado (CAS) deve votar nesta quarta-feira (24), o parecer da senadora Rosalba Ciarlini (DEM-RN) favorável ao projeto de lei (PLS 478/08) que cria o prontuário eletrônico de pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS). Rosalba Ciarlini ressalta em seu relatório que os sistemas informatizados permitem o registro, a recuperação e a atualização das informações sobre o estado de saúde e a assistência recebida pelo indivíduo ao longo de sua vida.
Segundo a senadora, a pauta da Comissão de Assuntos Sociais do Senado (CAS), para esta quarta-feira (24), contém 18 itens. Além do projeto do novo prontuário eletrônico para pacientes do SUS, no qual ela é relatora, a pauta da CAS tem a votação de projetos que beneficiam aposentados que continuam a trabalhar; o projeto que obriga cartórios a usar internet para informar óbitos ao INSS; Projeto de Lei que direciona recursos do FAT para qualificação de agentes policiais; projeto para atletas terem assistência médica e odontológica de urgência e a CAS analisará a modificação no Estatuto do Idoso e o projeto que institui o piso de R$ 1 mil para garis do setor privado, entre outros.
A presidente da CAS acredita que o novo sistema de prontuário eletrônico pode melhorar a qualidade e a eficiência no atendimento, diminuir custos e aumentar a confiança do usuário no SUS. “O prontuário eletrônico deve resultar na redução de erros, inclusive dos erros médicos. Esperamos, com isso, uma melhora na assistência pública à saúde”, aposta a senadora.  A proposta será votada em decisão terminativa na CAS.
O projeto propõe a criação de cadastros nacionais de usuários, de profissionais de saúde e de serviços de saúde públicos e privados. Aos cadastrados será atribuído um número nacional de identificação, mediante o qual será facultado acesso ao sistema, que deverá ser padronizado, permitir acesso aos pacientes pela internet e garantir a preservação e o sigilo dos dados. As informações eletrônicas vão incluir, por meio de uma assinatura eletrônica, os procedimentos ambulatoriais, internações hospitalares, resultados e laudos de exames e receitas médicas.
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