Espirituoso, simples e atencioso, o escritor, de 84 anos, recebeu a imprensa e conversou com os jornalistas sobre os mais variados temas. “Sou um homem disciplinado. Quando não estou viajando, escrevo todos os dias de manhã, das 8h às 13h”, disse ele, se referindo à sua rotina de trabalho. “Meu processo de criação é complicado. Eu escrevo à mão, porque gosto de escrever à mão. Depois, eu mesmo faço as ilustrações. Tenho pessoas que passam para o computador tudo o que eu escrevo”, explicou.
Indagado sobre como faz pesquisas para compor as suas obras, Ariano esclareceu: “Faço pesquisa não. Isso é negócio pra antropólogo e sociólogo. Quando eu vejo uma coisa que me interessa, eu anoto.”
Segundo o assessor de Ariano Suassuna, Alexandre Nóbrega, o escritor está com a agenda lotada até o final do ano, com palestras previstas para todas as regiões do país. “Eu odeio viagem”, disse o escritor. “A pior que tem é a de avião. Tem dois tipos de viagens de avião: as tediosas e as trágicas. Avião é uma coisa tão ruim que a gente reza para a viagem ser tediosa”.
A palestra de hoje no Largo do TAM será às 18h. Realizado em parceria com a Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Norte - Fapern; Fundação José Augusto - FJA, através da Secretaria Extraordinária da Cultura; e UFRN (NAC e Grupo de Estudos sobre Culturas Populares), o seminário tem como objetivo geral promover e incentivar ações de ciência integrada à cultura popular no Rio Grande do Norte e ainda fomentar a cultura e a ciência potiguar, dentro do evento "Agosto da Alegria".
Assessoria
