Nesta terça-feira (10), a presidenta Dilma Rousseff recebeu líderes da base aliada do governo para uma reunião no Palácio do Planalto. O deputado federal Fábio Faria, que lidera o PMN na Câmara, participou do encontro. A chefe do Executivo Nacional defendeu a contenção de gastos públicos e a aprovação do projeto que tramita na Câmara dos Deputados e prorroga até 2015 a Desvinculação de Receitas da União (DRU). O mecanismo permite que a União gaste livremente 20% dos recursos do Orçamento.
“A base está aqui para apoiar a presidente e, como líder do PMN, asseguro o apoio do meu grupo a medidas que auxiliem a manter o Brasil numa zona segura”, afirmou Fábio Faria, ao lembrar que o país não está totalmente livre de sofrer as consequências da crise econômica que atinge a Europa e os Estados Unidos. “O colapso econômico que vários países vêm enfrentando é preocupante, e devemos nos precaver de todas as maneiras possíveis para que seus efeitos não cheguem ao Brasil”, concluiu o parlamentar.
FÁBIO FARIA APRESENTA PROPOSTA PARA QUE PESSOAS FÍSICAS POSSAM NEGOCIAR SUAS DÍVIDAS
O superendividamento é uma realidade que atinge famílias das diversas classes sociais em todo o país. Tendo em vista esse panorama, o deputado federal Fábio Faria (PMN) apresentou um projeto de lei que regulamenta a recuperação judicial do devedor pessoa física. A proposta é inspirada na recuperação judicial do empresário, prevista na Lei de Falências (11.105/05), uma medida legal destinada a evitar a falência e que proporciona ao empresário devedor a possibilidade de apresentar aos seus credores, em juízo, formas para quitação do débito.
O PL 1922/11 do deputado potiguar estabelece que o devedor pessoa física também possa entrar com um pedido para sua recuperação judicial, que consistirá em plano de pagamentos periódicos até a satisfação total das obrigações adquiridas.
“Concebemos a recuperação judicial do devedor pessoa física como um instrumento de pacificação de conflitos e diminuição da inadimplência. A maior preocupação é manter todas as garantias dos credores e possibilitar ao devedor uma saída para eventuais crises financeiras que possa enfrentar”, ressalta Fábio Faria, ao justificar a proposta como uma ferramenta de justiça social, que permitirá maior equilíbrio nas relações de consumo da sociedade.
Para o parlamentar, não se trata de conceder privilégios aos maus pagadores, mas sim recompor a situação daqueles que seriam bons pagadores se não houvesse problemas de mercado e situações imprevistas à época em que as dívidas foram contraídas. “Também se trata de proteger o bom consumidor que é atingido por motivos de força maior, como doença, desemprego ou morte na família, se vendo em circunstâncias excepcionais, que podem causar o endividamento e que merecem um julgamento mais humanitário”, conclui Fábio Faria.
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