Domingo passado foi o Dia Mundial de Combate à Tuberculose, data instituída desde 1982, pela Organização Mundial de Saúde (OMS). O senador Paulo Davim (PV-RN), que também é médico, lembrou desta data no Plenário do Senado Federal na tarde dessa terça-feira, 26 de março, e alertou para a importância da informação sobre essa doença que ainda mata milhões de pessoas em todo o mundo, em pleno século 21.
Segundo um relatório da OMS no mundo inteiro existem cerca de 10 milhões de crianças órfãs porque perderam seus pais para esta doença. Ainda segundo o estudo, Davim comentou que 8,7 milhões de pessoas contraíram a tuberculose somente em 2011. E, no nosso país, a incidência ainda é muito alta, colocando o Brasil no ranking dos 22 países do mundo, onde mais se manifesta a doença. Só em 2011 foram 70 mil pessoas vítimas do bacilo de Kock, responsável pela tuberculose.
"A tuberculose ainda é um grave problema de saúde pública", disse ele em seu pronunciamento, continuando: "A tuberculose é uma doença atrelada à pobreza. As estatísticas falam por si, quando os maiores riscos para se ter a doença passam por condições sociais e econômicas desfavoráveis tais como: moradias inadequadas, falta ou pouca ventilação, fome, baixa imunidade e vícios que podem levar à preexistência da doença como alcoolismo, tabagismo e consumo de drogas".
Preocupado com o número de pessoa que ainda têm tuberculose no Brasil e no mundo, o senador pevista também se coloca como um otimista: "Mas, a boa notícia é que a tuberculose é uma doença curável, que só precisa de mais ênfase na informação que, por sua vez, leva à prevenção, assim como também ao combate e controle da doença. A cura no momento é realizada em seis meses, e pode ser obtida através de medicamentos dados de graça, em qualquer unidade de Saúde do SUS".