Recebi com surpresa e indignação a notícia de que meu nome foi citado, ontem, por um dos réus do processo que apura irregularidades em licitações e contratos de prestação de serviços e fornecimento de mão de obra ao Governo do Estado, numa tentativa de me envolver de alguma forma.
Quero, entretanto, tranqüilizar os amigos, parentes e a sociedade em geral de que, ao contrário do que foi dito, eu não me prestei (como jamais me prestaria) ao papel insinuado na referida citação. Logo, as afirmações a meu respeito são inverídicas e, como tal, não terão como ser provadas. Eu nunca, sequer, estive nas dependências das empresas questionadas nem jamais exigi, solicitei ou auferi delas qualquer vantagem pecuniária.
Aliás, isto já está devidamente comprovado uma vez que eu fui isentado na profunda e intensa investigação de que o governo foi alvo, promovida pelo Ministério Público e pela Polícia Federal, que ao longo de meses quebrou sigilos, realizou escutas telefônicas, monitorou pessoas, realizou buscas e apreensões, ouviu suspeitos e testemunhas, concluiu um inquérito e apresentou denúncia na justiça, cujo processo encontra-se, ao que consta, em fase final de instrução - para julgamento - onde todos esperamos que seja feita justiça, condenando-se os que forem encontrado em culpa e inocentando-se os que não a tiverem.
Diferente do que alguns pensam a SEPLAN, secretaria de que fui titular, não é ordenadora de despesas nem responsável por licitações e contratos de outras secretarias. Nem administra o fluxo dos recursos federais (em questão) repassados através de convênios etc., que são geridos diretamente pelos respectivos órgãos convenentes.
Creio na motivação política para a atitude aqui contestada. Entre outras coisas Anderson Miguel foi candidato a Prefeito de Maxaranguape em 2008 tendo perdido por apenas 47 votos e, pelo que se comenta, ele culpa a participação da então governadora Wilma no palanque da prefeita que lhe venceu, por seu insucesso eleitoral. No pleito deste ano ele fez campanha ao lado dos adversários do nosso partido, em todos os níveis.
Também, é bem verdade que adquiri algumas antipatias na época em que estive na SEPLAN, justamente por ter conduta reservada (inerente à função) e por não dispor de tempo suficiente para atender e receber todos quantos me procuravam para audiências, principalmente quando observava que o assunto tratado não era da minha alçada, no que geralmente era incompreendido.
Por fim, coloco-me ao inteiro dispor das instituições para outros esclarecimentos que se façam necessários, inclusive com a liberação dos sigilos telefônico e bancário. Estou estudando que medidas legais deverei tomar para reparação de eventuais danos que me venham ocorrer.
Natal, 26 de novembro de 2010. Vagner Araújo.