A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), lançou nesta terça-feira (07) o Projeto Biomas na Conferência das Partes sobre o Clima (COP-16), da Organização das Nações Unidas (ONU), que está sendo promovida em Cancun, no México.
O Projeto Biomas é uma iniciativa inédita no Brasil, um país que conserva atualmente 56% da sua cobertura vegetal original. No projeto, ao longo de nove anos serão promovidos pesquisas e compartilhamentos de informações nos seis biomas brasileiros (Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Pantanal e Pampa), tendo como maior objetivo conciliar a produção rural e a preservação ambiental. Tudo para aliar a preservação do meio ambiente e a demanda por alimentos no mundo. De acordo com a presidente da CNA, senadora Kátia Abreu, o Brasil é um dos poucos países no mundo que estão tendo esse nível de consciência. “O Brasil é o único país que está abrindo mão de uma terra em que poderia produzir em nome da biodiversidade", lembrou a senadora.
A Federação da Agricultura e Pecuária do Rio Grande do Norte (Faern), parceira da CNA, também se mostrou favorável ao Projeto Biomas e para tanto, enviou o seu presidente, José Álvares Vieira, para a Cop-16. Segundo Vieira, o Projeto Biomas é um novo patamar nesse campo de discussões sobre o meio ambiente no século XXI. “Acredito que ouviremos falar muito do Biomas. Acredito também que estamos dando a nossa contribuição para debater esse ponto tão importante para o mundo que é a questão da conservação do meio ambiente e a boa utilização do solo pelos produtores rurais”, explicou Vieira.
Parceria nacional
Por ter abrangência em todo o território brasileiro, o Projeto Biomas exigirá intensa articulação de parcerias. Apenas na área de investigação serão necessários algo como 200 pesquisadores em todo o Brasil. Entre os potenciais
multiplicadores estão as cooperativas, empresas estaduais e municipais de
assistência técnica rural, de meio ambiente e de pesquisa agrícola. Em termos de propriedades, estima-se de três mil a 7,5 mil para a instalação dos módulos, num total de seis mil a 15 mil hectares. Cada módulo terá área entre dois e cinco hectares de plantios simples ou consorciados de espécies florestais. No total, o Projeto Biomas contará com orçamento de R$ 40 milhões.
multiplicadores estão as cooperativas, empresas estaduais e municipais de
assistência técnica rural, de meio ambiente e de pesquisa agrícola. Em termos de propriedades, estima-se de três mil a 7,5 mil para a instalação dos módulos, num total de seis mil a 15 mil hectares. Cada módulo terá área entre dois e cinco hectares de plantios simples ou consorciados de espécies florestais. No total, o Projeto Biomas contará com orçamento de R$ 40 milhões.
Fazenda e floresta
A Presidente da CNA afirmou que aposta no Projeto Biomas para conseguir atingir o objetivo principal do setor que é preservar o meio ambiente e continuar produzindo. "Somos a fazenda e a floresta juntos. Conseguimos preservar e produzir ao mesmo tempo. Vamos reduzir as desigualdades tecnológicas no campo por meio de investimentos e capacitação dos produtores. Um dos caminhos para reduzir as desigualdades é o Projeto Biomas. Uma parceria com a Embrapa que busca soluções científicas para aliar produção e preservação do meio ambiente", ressaltou Kátia Abreu.
De acordo com o presidente da Faern, José Vieira, o início do projeto terá reflexos no futuro e fará surgir uma nova mentalidade no meio rural. “Tenho certeza que esse projeto da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil irá exibir seus bons frutos em um futuro bem próximo. E acredito também que uma nova mentalidade irá nascer. Uma mentalidade de bom convivio entre desenvolvimento e respeito a natureza”, finalizou Vieira. Fonte: Leonardo Sodré.