Em 2012 o brasileiro pagou mais de R$ 1 trilhão em impostos. Entretanto, o crescimento do Brasil não acompanhou os altos índices de arrecadação e o Produto Interno Bruto (PIB) chegou apenas a 1,6%. De acordo com o deputado Felipe Maia (DEM), o problema é que os maiores gastos do governo são com o custeio da máquina pública. Apenas uma pequena parcela vai para o investimento em infraestrutura e educação.
“O PIB pouco avança, os investimentos produtivos são pífios, mas a carga tributária não diminui. As razões para tanto se arrecadar e tão pouco crescer são o inchaço do Estado e o modelo econômico equivocado do governo que não faz esforços para investir na infraestrutura do país”, explicou o parlamentar.
Para o deputado, ao invés de se investir em obras necessárias como a ampliação de portos e aeroportos, reformas nas estradas, entre outros, o governo optou por impulsionar o consumo e conceder crédito, comprometendo o orçamento das famílias. “As apostas do governo como forma de estimular a economia foram ineficazes e 2012 foi um ano nulo para a economia do país”, acrescentou.
Além disso, os gastos com a máquina são altos e comprometem grande parte dos recursos públicos. Em 2012, as despesas com os cartões corporativos -utilizados pelo governo federal- chegaram a R$ 59,6 milhões. O número de ministérios também não para de crescer. Enquanto no Brasil avalia-se a criação do 39º ministério, em países vizinhos como o Chile e a Argentina não chegam a 20 o número de pastas. O número de ministros dobrou na última década. Em 2002 eram 21 ministros e secretários com status ministerial. Hoje são 38, com possibilidade de ampliação.
“O governo federal investe mal, por isso o país não cresce. A aceleração do PIB depende dos investimentos em infraestrutura. E quem paga a conta da má gestão é o setor produtivo do país”, disse Felipe Maia.