O maior desafio da Previdência é chegar ao final de 2015 com uma cobertura de 77% dos trabalhadores - o que significa a inclusão previdenciária de mais de 16 milhões de brasileiros. Esse foi o destaque do pronunciamento do ministro Garibaldi Alves Filho na comemoração dos 90 anos da previdência brasileira, realizada na manhã desta quinta-feira (24) no estacionamento da sede do Ministério da Previdência Social, em Brasília.
“O trabalho da Previdência Social garante a dignidade e a vida de milhões de brasileiros. Temos a responsabilidade de pagar benefícios a quase 30 milhões de pessoas. São mais de R$ 35 bilhões depositados todo mês nas contas dos aposentados e pensionistas. Esse dinheiro é usado no sustento das famílias, na compra de alimentos, roupas, calçados e remédios, dentre outros itens”, afirmou o ministro Garibaldi Alves Filho.
“O trabalho da Previdência Social garante a dignidade e a vida de milhões de brasileiros. Temos a responsabilidade de pagar benefícios a quase 30 milhões de pessoas. São mais de R$ 35 bilhões depositados todo mês nas contas dos aposentados e pensionistas. Esse dinheiro é usado no sustento das famílias, na compra de alimentos, roupas, calçados e remédios, dentre outros itens”, afirmou o ministro Garibaldi Alves Filho.
Com o pagamento mensal dos seus benefícios, a Previdência promoveu nos últimos anos a inclusão de 24 milhões de pessoas, ajudando a retirá-las da condição de pobreza. Segundo Garibaldi, o dinheiro repassado reduziu em 12,8% a taxa de pobreza no Brasil, considerando pessoas pobres as que têm rendimento domiciliar per capita inferior a meio salário mínimo.
O ministro da Previdência Social acrescentou que, além de ajudar a retirar milhões de pessoas da pobreza, o pagamento dos benefícios previdenciários também é importante para a redistribuição de renda no país. Garibaldi Alves informou que duas em cada três cidades brasileiras recebem mais recursos referentes ao pagamento de benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) do que via transferência do Fundo de Participação dos Municípios (FPM).
O deputado federal Ricardo Berzoini lembrou que encontrou servidores públicos desmotivados, quando assumiu o cargo de ministro da Previdência Social, no ano de 2003. “A terceirização era desenfreada, pois não se realizava concurso público há 18 anos”, afirmou. Em sua gestão foi realizado concurso e iniciado o processo de reestruturação da Previdência. “Para mim é uma alegria retornar, dez anos depois, e constatar que a Previdência recuperou sua trajetória de virtude, crescimento e aperfeiçoamento”.
O ministro da Pesca e Aquicultura, Marcelo Crivella, também participou da festa. Na ocasião, também foi comemorado o aniversário do aposentado José Honório dos Reis, que nasceu no mesmo dia, mês e ano da criação da Previdência. A programação do evento contou ainda com assinatura de acordo de cooperação técnica entre o Ministério da Previdência Social e a Fundação Anfip de Estudos da Seguridade Social, na área de educação previdenciária.
Representando todos os aposentados, José Honorário foi homenageado em Brasília
O mineiro de Itamarandiba (MG), José Honório dos Reis – mais conhecido como Zé Pequeno - participou da festa dos 90 anos da Previdência Social. Ele foi homenageado por ter nascido no mesmo dia, mês e ano em que a Previdência foi criada, e por ter uma história de vida semelhante a de muitos outros brasileiros. O aposentado recebeu uma placa em celebração da data. Nesta quinta-feira (24) também se comemorou o Dia do Aposentado.
Para conhecer de perto a realidade desse mineiro, uma equipe da Assessoria de Comunicação Social do Ministério da Previdência Social viajou até Corinto (MG), cidade na qual Zé Pequeno reside atualmente. A primeira impressão que ele deixou foi a de, talvez, ser neto dele próprio. Quer dizer, o aposentado nem parece um idoso com uma bagagem de 90 anos de idade. Com a humildade e a simplicidade de um típico mineiro, esse senhor de cabelos grisalhos contou a luta que travou para conseguir sustentar seus seis filhos. Também revelou parte das adversidades que enfrentou ao longo dos anos.
Zé Pequeno veio ao mundo no dia 24 de janeiro de 1923, no mesmo dia da publicação do decreto que criou a Previdência Social. Ele nasceu em uma Itamarandiba (MG) que já não tinha mais sua economia impulsionada pela exploração das esmeraldas descobertas por Fernão Dias, no fim do século XIX.
Agricultura - Em toda a sua vida laboral, Zé Pequeno trabalhou na lavoura de grandes fazendas da região central mineira. Colheu café e cana-de-açúcar e foi empregado de fábrica de farinha de trigo. Ainda sobrou tempo para trabalhar em alambiques, na produção das tradicionais cachaças mineiras.
Da agricultura, Zé Pequeno não conseguiu nada além de garantir a sua sobrevivência e a da sua família. A vida ficou mais difícil quando ele sofreu um acidente que o impediu de continuar o trabalho no campo. Num dia chuvoso, Zé Pequeno voltava para casa quando foi atropelado por um automóvel. “Escorreguei ao tentar pular a enxurrada e caí. Um carro passou por cima da minha perna. Tive que colocar sete parafusos no joelho”, lembra.
Aposentadoria - Impossibilitado de prosseguir na sua atividade, Zé Pequeno – que já tinha 65 anos – reuniu os documentos que comprovavam sua condição de trabalhador rural e requereu a aposentadoria na agência da Previdência Social em Corinto. Ele já tinha a idade para fazer jus ao benefício. No valor de um salário mínimo, o benefício é a única fonte de renda de Zé Pequeno. “Sem esse dinheiro da aposentadoria, não conseguiria comprar meus remédios e fazer a feira. Economizo para poder sobrar um pouco e conseguir ajudar meus filhos”, revela.
Zé Pequeno não faz planos para o futuro. Seu objetivo é continuar a rotina que já vem levando há alguns anos. Ele porém garantiu que esses dois dias que passou em Brasília nunca serão esquecidos. “Viajei de avião pela primeira vez, conheci a Catedral e o palácio onde a presidenta Dilma trabalha. Vou ter muita história para contar quando voltar pra Corinto”.
Para conhecer de perto a realidade desse mineiro, uma equipe da Assessoria de Comunicação Social do Ministério da Previdência Social viajou até Corinto (MG), cidade na qual Zé Pequeno reside atualmente. A primeira impressão que ele deixou foi a de, talvez, ser neto dele próprio. Quer dizer, o aposentado nem parece um idoso com uma bagagem de 90 anos de idade. Com a humildade e a simplicidade de um típico mineiro, esse senhor de cabelos grisalhos contou a luta que travou para conseguir sustentar seus seis filhos. Também revelou parte das adversidades que enfrentou ao longo dos anos.
Zé Pequeno veio ao mundo no dia 24 de janeiro de 1923, no mesmo dia da publicação do decreto que criou a Previdência Social. Ele nasceu em uma Itamarandiba (MG) que já não tinha mais sua economia impulsionada pela exploração das esmeraldas descobertas por Fernão Dias, no fim do século XIX.
Agricultura - Em toda a sua vida laboral, Zé Pequeno trabalhou na lavoura de grandes fazendas da região central mineira. Colheu café e cana-de-açúcar e foi empregado de fábrica de farinha de trigo. Ainda sobrou tempo para trabalhar em alambiques, na produção das tradicionais cachaças mineiras.
Da agricultura, Zé Pequeno não conseguiu nada além de garantir a sua sobrevivência e a da sua família. A vida ficou mais difícil quando ele sofreu um acidente que o impediu de continuar o trabalho no campo. Num dia chuvoso, Zé Pequeno voltava para casa quando foi atropelado por um automóvel. “Escorreguei ao tentar pular a enxurrada e caí. Um carro passou por cima da minha perna. Tive que colocar sete parafusos no joelho”, lembra.
Aposentadoria - Impossibilitado de prosseguir na sua atividade, Zé Pequeno – que já tinha 65 anos – reuniu os documentos que comprovavam sua condição de trabalhador rural e requereu a aposentadoria na agência da Previdência Social em Corinto. Ele já tinha a idade para fazer jus ao benefício. No valor de um salário mínimo, o benefício é a única fonte de renda de Zé Pequeno. “Sem esse dinheiro da aposentadoria, não conseguiria comprar meus remédios e fazer a feira. Economizo para poder sobrar um pouco e conseguir ajudar meus filhos”, revela.
Zé Pequeno não faz planos para o futuro. Seu objetivo é continuar a rotina que já vem levando há alguns anos. Ele porém garantiu que esses dois dias que passou em Brasília nunca serão esquecidos. “Viajei de avião pela primeira vez, conheci a Catedral e o palácio onde a presidenta Dilma trabalha. Vou ter muita história para contar quando voltar pra Corinto”.