Uma grande caminhada na Avenida Erivan França, em Ponta Negra, uma audiência pública na Câmara, ou ainda uma panfletagem em shoppings de Natal. Essas foram algumas das sugestões apresentadas na manhã desta quarta-feira (7) no auditório da Escola do Legislativo Miguel Arrais, na Câmara Municipal de Natal. As mobilizações aconteceriam em três dias, segundo ideias apresentadas na segunda reunião do grupo intersetorial que se mobiliza contra a exploração sexual infanto-juvenil e sexo-turismo na Grande Natal.
Os representantes de organizações governamentais e não-governamentais querem, inicialmente, fazer uma grande mobilização pelo Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças, lembrado em 18 de maio. No entanto, esse trabalho deverá continuar. Foi proposta na reunião de hoje, inclusive, a formação de uma Rede de Parceiros no Combate ao Abuso e à Exploração Sexual contra Crianças e Adolescentes, que seria lançado nas comemorações do dia 18.
O encontro também serviu para outras contribuições, além das mobilizações pontuais. A presidente da Comissão de Turismo da Câmara, vereadora Júlia Arruda (PSB) quer uma campanha permanente na cidade, que chegue e ultrapasse o período da Copa 2014. Por isso já protocolou na Casa Legislativa um projeto-de-lei para que ônibus e taxis que circulam em Natal sejam adesivados com campanhas de combates às problemáticas e que divulgem o Disque Denúncia do governo federal, o número 100.
Entenda
O Grupo de Trabalho Intersetorial para Combater a Exploração Sexual Infanto-Juvenil e o Turismo Sexual foi criado a partir de audiência pública proposta pela vereadora Júlia Arruda, que também pretende inserir os temas permanentemente na agenda da Câmara Municipal de Natal. Segundo enfatiza a parlamentar, os vereadores podem ampliar sua contribuição no que diz respeito à legislação, emendas orçamentárias, além de articulação com órgãos do poder executivo.
Dia Nacional
O Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes foi criado pela Lei n.º 9.970, de 17 de maio de 2000, em razão do crime que comoveu o Brasil, ocorrido na cidade de Vitória, capital do Espírito Santo, em 1973. Naquele ano, a menina Araceli Cabrera Crespo, de oito anos, foi assassinada. Ela desapareceu da escola onde estudava e foi espancada, estuprada, drogada e morta numa orgia de drogas e sexo. Seu corpo, o rosto principalmente, foi desfigurado com ácido. Seis dias depois do massacre, o corpo foi encontrado num terreno baldio. Até hoje, os culpados pelo crime não foram punidos.
Fonte: Assessoria