Para atender à nova demanda, o Sistema Nacional de Informações da Educação Profissional e Tecnológica (Sistec) está em processo de atualização, para que informações como tipo de deficiência do estudante, necessidade de equipamentos e recursos para atendimento sejam identificados. As informações ajudarão a proporcionar melhor qualidade para atender este público nas instituições.
Desde 2008, os institutos federais de educação, ciência e tecnologia promovem ações assistivas ao público com deficiência. É o caso do Instituto Federal da Paraíba, que, no mesmo ano, iniciou a política de cotas para portadores de deficiência nos processos seletivos.
No último dia 31 de janeiro, o estudante Arthur Olinto de Souza, 19 anos, portador de uma enfermidade que fragiliza os ossos, fez história no instituto, como a primeira pessoa com deficiência a concluir o ensino técnico após a adoção das cotas. Formado em eletrotécnica, ele conta que a principal influência para a escolha do curso foi o pai.
“Na verdade, eu já frequentava o instituto antes de estudar lá, por causa do clube de xadrez. Quando apareceu a oportunidade de fazer a prova, aproveitei. Como meu pai tinha feito o curso técnico em eletrotécnica, escolhi fazer o mesmo.”
Durante o curso técnico, Arthur estagiou em uma empresa de engenharia, que manifestou interesse em renovar o contrato. Ele, no entanto, optou por estudar para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), já que tinha o sonho de fazer um curso superior. O estudante estava certo. Conquistou uma vaga no curso superior de engenharia elétrica do mesmo instituto, por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu).
Técnico em eletrotécnica, Arthur ressalta que as condições oferecidas pelo instituto e o apoio do Napne foram fundamentais em sua trajetória e também de outros estudantes da instituição. “Hoje fico muito feliz porque desde que entrei no instituto vários surdos, deficientes físicos e visuais entraram também. Fico orgulhoso de saber que podemos alcançar os nossos sonhos”, diz.
Enxadrista – Além de mostrar talento para os estudos, o técnico e agora calouro de engenharia elétrica também se destacava no xadrez, antes mesmo de ingressar no instituto. Arthur aprendeu a jogar com um tio e, por meio dessa atividade, conseguiu bolsa de estudos em uma escola particular de João Pessoa, além de também ter sido beneficiário do Bolsa-Atleta, benefício concedido pelo governo, e ter participado de várias competições pelo país.
Pelo Instituto Federal da Paraíba, a equipe do jovem foi campeã por dois anos seguidos (2009 e 2010) dentre as instituições nordestinas da rede federal. Em 2010, nos Jogos Brasileiros das Instituições Federais de Educação Profissional e Tecnológica, o estudante ficou em 4° lugar.
Assessoria de Comunicação Social – com informações do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba