quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Agripino: “Governo do PT gasta demais e cede à privatização”

image Senador comemora concessão dos aeroportos, mas pede coerência na aplicação do capital privado

Em seu primeiro discurso na volta dos trabalhos legislativos, o presidente nacional do Democratas, José Agripino (RN), comemorou as concessões à iniciativa privada de alguns aeroportos do Brasil, mas pediu ao governo federal aplicação coerente do capital privado. O senador potiguar criticou o fato de o Executivo estar privatizando somente os aeroportos grandes do país – como recentemente o de Viracopos, Guarulhos e Brasília – e não pensar nas regiões que estão ao redor desses polos, que também dependem de infraestrutura.

“Privatizaram os ‘filés’ Grarulhos, Brasília e Viracopos, e daqui a pouco vão privatizar outros como o Galeão e Confins, mas eu pergunto: e os arredores? Não se pode tomar decisões de forma atrapalhada. Em nome do acerto, defendo que se aplique corretamente o capital privado para que decisões corretas de hoje tragam reflexo para o futuro”, afirmou Agripino.

O presidente do Democratas lembrou ainda que o governo do PT só cedeu à privatização porque não tem recurso próprio para investir e que, apesar dos picos de arrecadação, o Executivo gasta mal e investe pouco no país. Em 2010, o Planalto arrecadou, só com impostos, R$ 880 bilhões. Investiu no país pouco mais de 5% disso: R$ 47 bilhões. Em 2011, a situação foi mais grave: arrecadou R$ 90 bilhões a mais que no ano anterior – R$ 970 bilhões – e investiu menos, apenas R$ 42 bilhões.

“Processo de privatização e concessão nas campanhas do PT era assunto demonizado, como se fosse o fim do mundo, a catástrofe final. O governo cedeu à privatização porque não tem dinheiro e não tem dinheiro porque gasta demais. Em 2010, gastou o que não tinha com a campanha eleitoral. Consequentemente, aumentou a inflação e, por sua vez, as taxas de juros”, criticou Agripino. “Quero aplaudir a penitência que o governo está adotando, reconhecendo que não tem dinheiro, mas a gastança pública de má qualidade e racionalização do gasto público tem que acontecer. Não dá mais para esperar”.

Assessoria

Seguidores