quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Kátia Abreu assume o segundo mandato como presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil

image A presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu, foi empossada nesta terça-feira, 13, juntamente com a nova diretoria, para seu segundo mandato à frente da CNA. Reeleita no último mês de outubro pelo Conselho de Representantes, composto pelos 27 presidentes das Federações de Agricultura e Pecuária, ela comandará a entidade por mais três anos, durante o período 2011-2014.
A solenidade de posse foi realizada, às 19h30, na sede da CNA, em Brasília, com a presença dos ministros da Previdência Social, Garibaldi Alves Filho, Esporte, Aldo Rebelo, ministro interino do Trabalho e Emprego, Paulo Roberto dos Santos Pinto, ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, além de outras autoridades, lideranças empresariais e do setor agropecuário.
Primeira mulher a presidir a CNA, a senadora Kátia Abreu teve seu primeiro mandato marcado pela defesa da atualização do Código Florestal brasileiro, uma nova política agrícola para o Brasil, investimentos em infraestrutura, plano de defensa sanitária para o País, entre outras bandeiras destinadas a assegurar renda e segurança jurídica aos mais de cinco milhões de produtores rurais do País.
Luta e trabalho
“Tivemos três anos de muita luta e trabalho, mas também de bons resultados. Continuaremos trabalhando cada vez mais, para trazer segurança jurídica ao produtor rural, contribuir para a geração de emprego, de PIB e continuar abastecendo a mesa das famílias brasileiras, que consomem 70% dos que produzimos, com comida farta, barata e de qualidade, mostrando que temos a maior e mais sustentável agricultura do planeta”, destaca a senadora.
Uma das questões consideradas prioritárias para Kátia Abreu é a aprovação de um novo texto para o Código Florestal, para tirar da criminalidade mais de 90% dos produtores rurais do País. Desde a sua primeira eleição como presidente da CNA, tem atuado com firmeza nos debates sobre o meio ambiente, defendendo uma lei que permita o equilíbrio entre a produção de alimentos e a preservação ambiental, reforçando o compromisso do setor com o meio ambiente. Uma demonstração clara do envolvimento do setor com o tema foi a mobilização realizada em abril deste ano, na Esplanada dos Ministérios, que reuniu 25 mil produtores rurais de todo o Brasil em favor da aprovação do relatório do deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP) para o novo Código Florestal, na Câmara dos Deputados. Na ocasião, a presidente da CNA mostrou que uma nova legislação ambiental, adequada à realidade do País, é fundamental para que o Brasil continue produzindo em 236 milhões de hectares, o que representa hoje 27,7% do território nacional, além de manter 61% dos seus biomas cobertos com cobertura vegetal e a “poupança ambiental” de 73,7 milhões de hectares nas propriedades rurais.
"Uma mulher que mudou o perfil da CNA"      
De acordo com o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Rio Grande do Norte (Faern), José Álvares Vieira, a senadora Kátia Abreu, mudou os rumos da entidade rural nos últimos tempos. "Com ela na presidência da CNA, observei um maior comprometimento com o produtor rural e com os tempos em que vivemos. Acredito que a senadora Kátia é uma mulher responsável e digna para mais essa etapa à frente da Confederação", resumiu Vieira.
Durante seu primeiro mandato, a senadora Kátia Abreu lançou o Projeto Biomas, iniciativa inédita desenvolvida em parceria com a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) desde 2010. O projeto propõe soluções técnico-científicas para a produção rural sustentável, a partir da intensificação do uso da árvore nas propriedades rurais. O projeto, lançado mundialmente em Cancun, durante a COP 16 (16ª Conferência das Partes da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas), conta com o apoio do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE), Monsanto e John Deere Brasil. A repercussão positiva fez com que o projeto ganhasse destaque no noticiário internacional, sendo eleito pelo site BBC Mundo como um dos 10 acontecimentos mais importantes do evento.
Outro ponto prioritário na próxima gestão é o novo modelo de política agrícola. Depois de três anos de discussões entre CNA e governo federal, as bases deste instrumento foram lançadas em 23/11, durante o seminário “Os Desafios do Brasil como 5ª Potência Mundial e o Papel do Agronegócio”, que marcou a passagem dos 60 anos da CNA e dos 20 anos do SENAR (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural), com a presença da presidente da República, Dilma Rousseff. Este modelo visa assegurar renda ao produtor, a partir de mecanismos como o pagamento da subvenção diretamente ao produtor rural, em substituição aos leilões, a reformulação do seguro rural, a criação de um cadastro único dos produtores e de uma central única de risco para dar mais transparência e flexibilidade aos financiamentos. Com uma nova política agrícola, a presidente do Sistema CNA/SENAR pretende fortalecer a classe C rural brasileira, que hoje representa 12% da classe média total brasileira e vive em 15,4% das propriedades rurais brasileiras. “Este modelo representa uma nova esperança aos produtores rurais do País para um Brasil sem miséria”, frisa a senadora.
Nova Diretoria
Além da presidente da CNA, senadora Kátia Abreu, a nova Diretoria da CNA para o triênio 2011-2014 será composta pelo 1º vice-presidente, João Martins da Silva Júnior (BA), Vice-Presidente de Finanças, José Mário Schreiner (GO), Vice-Presidente Executivo, Fábio de Salles Meirelles Filho (MG), Vice-Presidente de Secretaria, José Zeferino Pedroso (SC). Os Vice-Presidentes Diretores serão Assuero Doca Veronez (AC), Carlos Rivaci Sperotto (RS), Eduardo Riedel (MS), Júlio da Silva Rocha Júnior (ES) e José Ramos Torres de Melo Filho (CE). O Conselho Fiscal da CNA será composto por Álvaro Arthur Lopes de Almeida (AL), Carlos Fernandes Xavier (PA) e Raimundo Coelho de Souza (MA), tendo como suplentes José Álvares Vieira (RN), Muni Lourenço Silva Júnior (AM) e Renato Simplício Lopes (DF).
Paulo Correia

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