A aprovação da proposta de emenda à Constituição (PEC) que permite a médicos das Forças Armadas acumularem funções nas redes pública e particular, fora da área militar, é um passo importante para a saúde do Brasil, mas não a solução dos problemas. A afirmação é do líder do Democratas no Senado, José Agripino. Segundo o senador, que votou a favor da matéria, uma maneira efetiva de melhorar a saúde pública é a aprovação imediata dos 10% da receita bruta da União para o setor.
“Votei a favor da PEC porque reconheço que no mérito ela é positiva para o país, mas não é a solução do problema. Temos que votar com urgência mais recursos para a saúde. Isso tem que ser objeto de ação prioritária do Congresso”, afirmou o senador potiguar durante a votação da matéria. Nessa quarta-feira (7), o Senado aprovou em dois turnos a PEC 122/2011 cujo objetivo é ampliar o número de médicos no Sistema Único de Saúde. Segundo o Ministério da Defesa, existem atualmente 3,8 mil médicos militares atuando no país, dos quais 1, 2 mil são temporários.
José Agripino defendeu ainda mais investimento para a construção e manutenção das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) no Brasil. O senador lembrou que no Rio Grande do Norte existem duas UPAs fechadas por falta de dinheiro para o custeio. “No meu estado, neste momento, existem duas unidades - uma em Natal e outra em Macaíba - prontas, mas fechadas, sem funcionar há muito tempo porque as prefeituras não têm como bancar o custeio. É preciso recursos para equipar, colocar em funcionamento, comprar material de atendimento. A saúde não pode esperar”, frisou o senador.